A adulteração do valor das compras via delivery no momento da entrega se tornou um golpe comum durante a pandemia. O golpe acontece quando, alguns entregadores, se aproveitando da distração dos consumidores, cobram um valor maior que o da compra na máquina de pagamentos, e o cliente só percebe posteriormente, precisando recorrer à empresa parceira e/ou aos órgãos de defesa do consumidor.
Com o intuito de investigar as responsabilidades de aplicativos como iFood e Rappi, o Procon-SP acionou o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) para instaurar um inquérito policial.
“Em abril, quando teve conhecimento das denúncias, o Procon-SP notificou os apps de entrega iFood e Rappi questionando a situação e buscando uma solução para os consumidores que foram vítimas. Apesar de as empresas alegarem que os entregadores são profissionais independentes sem vínculo jurídico-trabalhista, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que o fornecedor tem responsabilidade solidária pelos atos de seus representantes autônomos”, diz o Procon em nota.
Posicionamento do iFood
Também em nota, o iFood diz estar “ciente dos golpes aplicados e tem atuado rapidamente, desativando o cadastro dos envolvidos, quando comprovada a conduta ilícita do entregador”.
Além disso, a empresa tem se comprometido a ressarcir os clientes vítimas de golpes, instruindo que eles acionem o SAC do iFood através dos canais oficiais de atendimento via aplicativo. O ideal é que o cliente já possua o boletim de ocorrência e extrato bancário em mãos para que a empresa aja mais rapidamente.
Medidas de segurança
Para evitar que os golpes aconteçam, tanto as empresas de delivery quanto o Procon orientam para que os clientes não aceitem as entregas se a máquina de pagamento estiver danificada e confiram o valor digitado no momento da cobrança. Além disso, que eles sempre se atentem para o momento em que a senha é digitada, pois os números nunca devem estar visíveis na tela, aparecendo apenas como asteriscos.