(Waldemar Cezar Neto) – Balneário Camboriú registrou 44 mortes em 17 dias de abril e com isso totalizou 195 mortes neste ano, vivendo uma crise sanitária e econômica que se arrasta sem perspectiva de melhora.
A condução da pandemia, com base em ideias bolsonaristas, é uma tragédia, porque não trava a doença e nem destrava a economia.
As duas únicas formas que a ciência conhece de combater a pandemia inexistem na cidade: não há distanciamento social, nem vacinas. Ainda não conseguimos vacinar sequer as pessoas de 60 anos.
A economia agoniza, porque é natural que os turistas não queiram vir a uma cidade onde as pessoas morrem às dezenas.
Desde o início do ano não houve qualquer progresso econômico, tivemos a pior temporada de todos os tempos e a única coisa que cresceu foi a quantidade de mortes.
Com a volta, neste sábado, à situação gravíssima para transmissão da doença, a cidade prolonga a agonia que experimenta há meses.
Na semana passada o prefeito comemorou que saímos de gravíssimo para grave, no Mapa de Risco Potencial; mas não disse nada quando voltamos ao gravíssimo neste sábado.
É a maior mortandade de moradores por uma única causa na história de Balneário Camboriú e mesmo assim as autoridades, apoiadas por parcela da comunidade, seguem contrariando as recomendações científicas para combater a doença.
Estão errados, o cemitério e os pontos comerciais vazios por toda a cidade provam isto.