É verdade! Depois de muitos anos fui no cinema. Gosto muito, mas prefiro ver filme em casa, escorregando no meu velho sofá.
Fui me abastecer de uns remédios, passei na frente do shoppinzinho aqui perto de casa. Resolvi na volta, ver o que tava passando.
Tava lá:
– OPPENHEIMER
Não tem nem no camelô. Só no cinema. Tá muito falado!
Eu tava farejando.
Olhei o horário, 19:25
Imaginei,
– Vou fazer uma surpresa pra Ieda, levar ela no cinema.
Cheguei em casa, esperei até perto da hora e falei:
– Quer ir no cinema?
– Qual é o filme ?
– Oppenheimer – o homem da bomba atômica.
– Acho que não vai dar pra mim. É muito pesado.
Ela é muito emocional, e fica com aquela coisa martelando na cabeça.
– Vou ficar passando roupa.
Fui sozinho.
O cinema é igual a antes. Só tem uma coisa que mudou. O tamanho do saco de pipoca. E cada balde!
Não sei como cabe aquilo tudo no estômago.
O som também mudou. É muito alto, mas não incomoda.
Agora sobre o filme.
OPPENHEIMER é … perturbador.
Serpenteia entre o bem e o mal. Entre o sucesso da ciência e a maldade da política, e da guerra.
Por princípio sou contra a guerra. Qualquer guerra.
Este filme vai ganhar muitos Oscar, acho que 8 ou 10.
É muito inteligente, muito bem feito e fora da curva.
Você sai do cinema humilde, e no meu caso sem saber o que pensar se o resultado foi bom ou foi ruim.
Como me falou um cara:
– É um filme que você tem que se questionar.
Vai lá ver, depois me conta.
Assim,
…segue a saga …