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“Gestão, Crise e Pandemia no Transporte Coletivo”, por Allan Müller Schroeder

O debate em torno do transporte está inserido na urbanização dos grandes centros, e que envolve as questões de mobilidade urbana, trânsito, poluição ambiental e, conseqüentemente, qualidade de vida nas cidades. Além disso, é um serviço vinculado a uma grande maioria de usuários composta por indivíduos não inseridos na lógica do consumo de bens individuais e que convivem cotidianamente com efeitos da crise urbana. 

A utilização do transporte público coletivo possui uma íntima relação com os deslocamentos realizados por elas ao longo do dia, além de sua renda e do tempo gasto para determinadas atividades. Essas variantes trazem à discussão o conceito cada vez mais em voga de mobilidade urbana. Percebe-se que quanto maior a renda, maior será a mobilidade dos indivíduos, devido a maior diversidade das atividades feitas pelas pessoas nas faixas de renda superiores. 

Este é um quadro que demonstra a influência do automóvel, como modo de transporte privado e individual, na vida das pessoas. Ao não possuírem um transporte privado e individual rápido, ficam sujeitos a andar a pé ou de bicicleta, de maneira lenta. Ou vinculados a ineficiência do transporte coletivo.

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As políticas públicas no setor de transporte historicamente foram vistas como questões puramente técnicas, como construções de novas vias ou envoltas em planejamento, engenharia e gerenciamento de tráfego, sendo totalmente desprovidas de análises capazes de conter elementos sociológicos que possibilitassem políticas eqüitativas de intervenção na desigualdade social. Essas políticas estiveram baseadas na busca constante pela ampliação do sistema viário e na priorização do transporte individual. 

Desta maneira as políticas referentes ao transporte e, especialmente, ao transporte público coletivo levaram a uma crise do setor caracterizada, através do alto valor das tarifas, que interfere diretamente no cotidiano dos brasileiros. A pobreza também é um estado de privação dos serviços públicos básicos e essenciais, tal qual o transporte coletivo.

É desta crise do transporte público, que compõe o quadro de crise urbana e de crise do modo de produção como um todo, que surgem movimentos de crítica e novas propostas de políticas públicas para o setor ou que visam a transformação de todo o atual modelo de gestão do serviço. Enquadra-se neste contexto a discussão de prioridade do transporte coletivo sobre o individual e as proposições com o intuito de maior participação da sociedade civil na definição das políticas. Que a pandemia arrasadora sobre os “negócios” do transporte coletivo brasileiro abram caminho para sua rediscussão completa!

Allan Müller Schroeder é Administrador Público (CRA/SC n. 20794) e reside em Balneário Camboriú

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