Pois, é conforme convite, Tom Pavesi e Cidinha nos encontraram no icônico Le Procope!
Foi o 3° encontro com este grande brasileiro, criador deste site Segredos de Paris!
O 2° aconteceu por acaso no Museu Orsay. Tinha muita gente e passamos quase o dia ali … De tarde em frente à maquete da Ópera Garnier, um bando de gente. De repente aliviou, ficamos numas seis ou sete pessoas.
Minha mulher me deu um cotovelaço e falou:
– O teu amigo tá ali!
E era mesmo, o Tom ciceroneando um casal de Curitiba. Abraços e alegria daqui e de lá, com selfie e tudo.
Ainda tiramos uma lasquinha de informações.
O Tom é um grande profissional, maduro, experiente, sabe dosar as informações conforme idade e necessidade.
Leva os encontros de forma simples, mas não deixa de transmitir o básico ou avançado.
Sei que ele já acompanhou ministros, altas autoridades, até presidente, mas gosta de grupos e de pessoas de aspiração mais avançada e também de principiantes.
Estamos então ali no Procópio, Tom fala:
– Você já foi ali naquela passagem?
– Sim, já fui por ali, respondi.
É assim, uma rua estreita onde tem a outra frente do Le Procope.
– Você sabe o que tem ali?
– Olha Tom, só vi vários bares e restaurantes antigos, isso!
Ele fala:
– Pois é, isto aqui é o coração da Revolução Francesa. Ali naquela casa foi desenvolvida por um marceneiro a guilhotina. Benjamim Franklin, depois 1° Embaixador americano na França, vinha aqui alinhavar apoio francês para a Independência dos USA. O jornalista Marat morava nesta outra casa…O Robespierre, naquela outra na frente. O Danton morava ali. Foi daqui que eles partiram para tomar a Bastilha.
Fiquei de queixo caído.
O homem sabe das coisas.
Sentamos os quatro ali num bar, pedimos uma bela táboa de frios e duas garrafas de vinho que foram esvaziadas com o tempo voando.
O Tom e a Cidinha tem a cidade nas mãos. Ajudam demais, são simples, mas profundos conhecedores. Sabem detalhes, que a gente nem tem acesso.
Então…
Ouvia-se constante barulho de sirenes da polícia no Boulevard Saint Germain, 15 metros ao nosso lado.
A Cidinha falou :
– A Polícia tá vindo na contramão, trancaram a rua! É muita viatura!
Ali perto era grande o barulho, estavam dispersando manifestantes.
Pensei:
– Não é possível, esta França gosta mesmo duma manifestação.
Desta vez é porque a polícia matou um imigrante que não quis parar o carro. Foi a 15 km de Paris, mas as manifestações se ampliaram.
Então além de tudo estamos batizados, no sistema francês.
Foi um destes encontros que consolidam amizades fraternas.
Selamos ainda um pacto para desenvolver um trabalho, tipo Petição pública, com assinaturas on line para:
– Reivindicar a instalação de um Centro Federal de Belas Artes em Balneário Camboriú, Santa Catarina .
E tem melhor lugar para articulação do que este pedaço de chão com comprovação em documentos históricos, no coração de Paris?
Café Procope, na rue de l’Ancienne Comédie, 6.º bairro, é considerado o café mais antigo de Paris em operação, foi inaugurado em 1686, há quase 350 anos.
Napoleão Bonaparte frequentava o Le Procope, quando jovem deixava seu chapéu empenhado e saía para arranjar dinheiro para pagar a conta e resgatar o chapéu depois famoso Assim,
…segue a saga…