Texto Wagner Butsch
Precisamos nos reconectar
Cada vez mais o homem busca o “algo a mais”; mais títulos, mais bens materiais, mais status social, sempre e cada vez mais. Mesmo com todo esse “mais”, o homem em sua essência, é vazio. Esse espaço vazio por mais que ele tente não pode ser preenchido por nada que ele aparentemente tenha ou conheça. É algo insubstituível!
Recentemente o homem foi forçado a parar. A natureza em sua forma mais pura, simples, silenciosa, invisível e mortal, nos obrigou a isso. Fomos enclausurados, obrigados, por força maior a permanecer confinados em nossas casas, com “todas as coisas” que mais amamos e desprendemos horas e horas de tempo de vida para adquirir. E mesmo assim no conforto de nossas casas com todas as nossas “coisas”, aparatos tecnológicos, o ócio diário fez esse vazio aumentar. Dias, semanas e meses se passam e o vazio tende a consumir cada vez mais o homem em seu interior.
Surpreendentemente num piscar de olhos, o verso do saudoso sambista brasileiro, o Mestre Cartola passa a calhar com o momento vivido; “quero assistir ao sol nascer, ver as águas dos rios correr, ouvir os pássaros cantar, eu quero nascer, eu quero viver, deixe-me ir”. Em meio ao caos o homem redescobre o seu lugar; lugar este que sempre foi seu, lugar este que não estava perdido, apenas desdenhado por um desleixo obrigatório, assim dizendo.
O homem mais do que nunca precisa desta conexão, é parte da sua essência, do seu âmago. Afinal, por que achamos que somos seres urbanos? Vivemos nas vilas, cidades, metrópoles supondo que este é o jeito normal de “se viver”. Esquecemos, ou pior, não sabemos, que esta breve passagem pelo meio urbano não passa de uma mera fração de segundos no lapso temporal da existência do homo sapiens na vida em sociedade.
Destruímos e consumimos desenfreadamente os recursos naturais do nosso planeta, a nossa, única casa (pasmem, não há planeta B) de uma forma tão agressiva nos últimos 200 anos, que milhares de anos da existência da nossa espécie na Terra não conseguiram fazer. Parafraseando as palavras do nobre colega, o advogado e escritor Alexandre Gossn; “como o ser humano se tornou um animal urbano” e tão destrutivo? A indagação serve de reflexão ao leitor.
Diante de todas as adversidades impostas pela mãe natureza ao longo dos últimos tenros anos, muitas delas em resposta às nossas agressões, não há dúvida: precisamos nos reconectar. Reconectar com a mãe natureza! Contudo, para que esta reconexão não seja anômala como no processo do êxodo do campo para a cidade, temos que de fato nos despir das vestes da soberba do homo sapiens, dos preconceitos sociais, culturais, ambientais, arquitetônicos, e tantos outros e compreendermos um único e simples ensinamento original da criação deste planeta, até mesmo Divino: Na natureza não há competição, mas sim cooperação!
Neste cenário, surge ideia do projeto SOLU. Promover empreendimentos verdes, através de uma startup sustentável. O conceito de sustentabilidade ambiental precisa ser encarado na vida urbana. A SOLU cumpre esta tarefa social. É a missão ambiental que estamos dispostos, analisando a realidade atual!
Reconectar e integrar as pessoas ao nosso lugar de origem, a natureza. Mais do que isso, é mostrar que é possível aliar preservação ambiental com desenvolvimento, gerando oportunidades, agredindo menos o meio-ambiente.
Wagner Butsch
Graduado em Direito, pós-graduado em Direito Público (Ambiental e Urbanístico) CEO da SOLU.