Artigo escrito por Allan Schroeder
O ano de 2021 foi provavelmente o mais duro com a população brasileira em décadas.
A pandemia global, inflação galopante, desemprego nas alturas e uma sensação de que o que havia de mudar seria apenas para o pior criou um clima de incerteza para todos os brasileiros.
O aumento do custo de vida através dos aumentos de energia elétrica em 25%, da gasolina e gás de cozinha respectivamente com 46,5% e 35,8%, da cesta básica em 18%, que chega a custar até mesmo 60% de um salário mínimo, entre tantos exemplos tristes, colocaram uma faca no pescoço dos trabalhadores.
Aliado ao desemprego e a falta de políticas de combate a recessão econômica, o cenário é de 70% das famílias brasileiras endividadas.
Para combater a inflação, o governo aumentou a taxa básica de juros de 2% para 9,25%, aumentando duramente o custo do crédito, no qual o maior exemplo é o rotativo do cartão, alcançando 346% ao ano.
Um verdadeiro pesadelo para os 70% dos endividados que recorrem do crédito a curto prazo para poderem sobreviver, comprando os itens básicos citados acima que são justamente os “vilões” que protagonizaram uma inflação tão alta no ano anterior.
Infelizmente em ano eleitoral somos sempre submetidos a medidas eleitoreiras que costumam ter um preço no futuro próximo.
Em 2022, a previsão já não é boa, com um aumento pífio de 0,36% do PIB caso as expectativas ocorram bem.
Todos esses fatos se acumulam para que 2022 seja um ano decisivo para a vida de todos os brasileiros e nosso destino como uma nação.
Allan Schroeder é Advogado. Instagram: @allanmullerschroeder.