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Balneário Camboriú

Temporada 2020 deixa hoteleiros à beira de um ataque de nervos

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Waldemar Cezar Neto*

Os hoteleiros de Balneário Camboriú -e provavelmente de todo o litoral catarinense- estão trabalhando mais para ganhar menos nesta temporada, devido à mudança do perfil do consumidor.

Durante décadas o normal era vender para grupos da Argentina e arredores e correr para o abraço, as temporadas estavam mais ou menos garantidas com larga antecedência, mas isso acabou.

Sem argentinos – não só argentinos, mas chilenos, uruguaios, paraguaios… os latino-americanos sumiram das ruas de Balneário Camboriú- restaram os brasileiros com celulares e aplicativos nas mãos, extremamente exigentes, querendo hotelaria cinco estrelas e pagando por pensão de rodoviária.

Tenho uma pequena pousada, estou na minha terceira temporada e nesse pouco tempo aprendi a fazer de tudo para agradar os argentinos (até elogio o Riquelme) que reservam dois meses antes, ficam mais de uma semana hospedados, pagam preço cheio e sempre saem daqui elogiando.

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Além da mudança de público os hoteleiros de Balneário (conversei com vários nesta semana) estão perdendo os cabelos porque a alteração mais radical em suas vidas foi o fato dos hóspedes efetuarem as reservas em cima da hora.

Uma amiga dona de dois hotéis me disse que 70% das suas reservas de janeiro foram feitas nos últimos 10 dias de dezembro, ou seja, em 20 de dezembro ela temia que seu janeiro seria quase vazio.

É para deixar a vivente com úlcera.

Outro desespero, decorrente da massificação das OTAS (vá aprendendo para o dia em que decidir entrar nesse jogo: online travel agencies, os tais aplicativos), é manter a nota do estabelecimento pois qualquer deslize, como por exemplo o hóspede brigar com a mulher dele é motivo para darem nota baixa ao hotel ou hostel.

E hotel com nota baixa tem mais dificuldade de vender através das OTAS.

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Tem também que o aumento da concorrência dos hostels sobre os hotéis, aliado à incerteza dos hóspedes virem ou não virem, fizeram os preços baixarem, sem esquecer que a mordida dos aplicativos, governo federal e prefeitura soma no barato uns 30% do valor da diária.

Tudo com imposto, pois num negócio que é pago à vista no cartão, aquela história do guia de excursão trazer dólares da Argentina miou, tem que ajoelhar e rezar no altar do Leão.

Os hoteleiros com os quais conversei me disseram que não dá para se queixar, mas é preciso rebolar para conseguir algo parecido com o resultado do ano passado. E rezando que Santa Veridiana, uma das padroeiras de fevereiro, zele por nós.

(*Waldemar Cezar Neto é editor do Página 3 e aprendiz de hospedeiro.)

 
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