*Waldemar Cezar Neto
Lideranças do turismo de Balneário Camboriú promoveram nesta segunda-feira um encontro virtual, com a participação do prefeito Fabrício Oliveira, para imaginar formas que não existem de atrair turistas que não virão nos visitar.
Foi uma inutilidade que fez bem à alma, mostrou que as pessoas estão juntas e buscando soluções para os problemas da comunidade.
O “meeting” virtual mostrou que ainda não caiu a ficha para algumas pessoas do governo municipal e do empresariado local sobre o fato muito simples de que não existe turismo no planeta neste momento.
E não existirá, no nosso caso, provavelmente pelos próximos cinco meses, só começaremos a nos recuperar na Primavera.
Nossa única atração de inverno é Beto Carrero, mas os calendários escolares estão uma bagunça, é provável que os principais emissores, como São Paulo, nem tenham férias de inverno e sem elas as crianças não poderão viajar.
Se tudo melhorar -como todos torcemos que melhore- o turismo em Santa Catarina deverá reagir nas festas de outubro, reforçando toda simbologia da Oktoberfest como marco de superação.
No encontro do “trade” alguém sugeriu o relançamento da Julifest. Penso que é uma bobagem tentar de novo um evento com marca e modelo falido, mas a ideia de uma festa de outubro em Balneário Camboriú me parece cair de maduro.
Nunca entendi claramente o motivo de não termos uma festa em outubro, afinal das 12 cidades-sede das realizadas no Estado neste período, apenas Florianópolis (Fenaostra) é destino turístico mais desejado que Balneário Camboriú, portanto tem espaço para nós.
Por mais agoniados que todos estejamos, o momento agora é mais do contabilista do que do marqueteiro, temos que dar um jeito de levar o barco até passar agosto para então sim começar a abrir as portas aos turistas.
O empresariado, o Legislativo e o Executivo precisam pensar na retomada econômica, o debate por mais desesperançado que pareça sempre lança alguma luz.
*Waldemar Cezar Neto é editor do Página 3.