Balneário Camboriú foi a única cidade de Santa Catarina que recebeu buscas da Operação Faraó, focada principalmente no Rio Grande do Norte, realizada nesta quinta-feira (19) pela Polícia Federal, para investigar desvio de ao menos R$ 26,5 milhões de um projeto para redução da sífilis no Nordeste.
A Operação Faraó tem apoio do Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União (CGU). Houve bloqueio judicial de bens e valores de investigados.
A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, para assim apurar o desvio de recursos públicos federais enviados pelo Ministério da Saúde à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Em Balneário Camboriú, Natal, São Paulo e Brasília houve buscas, tanto em endereços físicos quanto jurídicos.
A polícia conseguiu identificar que a UFRN transferiu recursos, através de contrato de R$ 50 milhões, para a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), para o projeto ‘Sífilis Não’, que visava reduzir os casos de sífilis em gestantes brasileiras.
Foi possível identificar que a agência de publicidade vencedora já era tratada como a responsável cerca de seis meses antes da publicação do edital, com superfaturamento e outras irregularidades, com prejuízo de R$ 26,5 milhões.
As investigações prosseguem para identificar eventuais novos desvios e crimes (o Ministério da Saúde pagou à Funpec mais de R$ 165 milhões, em 2017).