O goiano Walisson José Vieira, de 29 anos, foi morto pela Polícia Militar no fim da noite de terça-feira (20), na Rua José Cesário Pereira, no Bairro Nova Esperança, em Balneário Camboriú, após ameaçar a ex-companheira, atirar pedras contra populares, carros e também em policiais, sendo que um precisou se afastar do trabalho por conta de um ferimento no joelho. O Comando da PM definiu a situação como ‘extremamente complexa’.
Segundo a PM, policiais foram chamados para atender o caso após às 23h de terça-feira, onde a denunciante, uma mulher de 56 anos, disse que o seu ex-marido, Walisson José Vieira, de 29 anos, estava na frente da sua casa, jogando pedras. Até a polícia chegar ao local, houve mais 12 ligações pedindo urgência no atendimento porque o suspeito também estava fazendo ameaças de morte.
Os dois filhos da mulher informaram aos policiais que Walisson ‘afrontou’ a mãe deles horas antes e que foi colocado para fora da casa da família. O casal havia terminado o relacionamento há uma semana, mas o homem não aceitou.
À noite, Walisson voltou ao local, transtornado por suposto uso de drogas e portando uma faca [ele teria ameaçado que iria matar a ex, segundo os filhos]. Ele xingou a todos no local, inclusive quem passava na rua, arremessou pedras, ocasionando danos em carros e também ferimentos nas pessoas. Foi neste momento que a polícia chegou e tentou abordar o homem.
Walisson não obedeceu às ordens dos policiais e, segundo a PM, ‘agiu ativamente’ contra eles. Os militares conseguiram perceber que o homem estava com algo em mãos e outro objeto na cintura. Ele pulou uma cerca e entrou em um terreno onde há um barranco – Walisson ficou na parte de cima e os policiais embaixo, momento em que passou a jogar pedaços de madeira e pedras contra os PMs.
Os policiais teriam tentado várias vezes pedir que ele parasse para abordá-lo, fizeram disparos de balas de borracha, mas sem conseguir impedir que Walisson continuasse com as agressões.
O homem teria começado a arremessar pedras maiores, e, segundo relato da PM, ‘em um terreno íngreme e com total desvantagem por parte dos policiais’, por conta do ‘alto risco de acertar a cabeça do policial com pedras grandes e do tamanho de tijolos, podendo ocasionar a morte se acertasse, não restou alternativas senão o armamento letal’.
Walisson foi baleado e chegou a ser atendido pelo SAMU, mas faleceu poucos minutos após à meia-noite desta quarta-feira (21). A PM informou ainda que mesmo baleado Walisson tentava agredir os policiais, precisando então ser algemado.
Um dos policiais sofreu um ferimento no joelho esquerdo.