A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (14), em Balneário Camboriú, dois mandados de busca e apreensão da Operação Chapa Branca, focada no ‘Pablo Escobar brasileiro’, Sérgio Roberto de Carvalho, o Major Carvalho, preso em 2022 na Hungria. A operação acontece ainda no Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Pernambuco e na Hungria.

Entenda a operação
Segundo a PF, o objetivo é desmantelar por completo uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas que tentou utilizar os portos do Espírito Santo para enviar grande quantidade de cocaína para a Europa ocultada em pisos de mármore e granito.
A investigação iniciou em outubro de 2021, quando a Polícia Civil apreendeu 350 quilos de cocaína que eram descarregados de um caminhão e que seriam, escondidos numa carga de chapas de granito e exportados para a Europa.
Naquele momento, foram presos em flagrante um empresário e um ex-policial (o ‘Escobar brasileiro’). Um terceiro homem, motorista do caminhão carregado com a droga, conseguiu fugir mas foi identificado e capturado em São Paulo, sendo preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Em razão da rápida percepção de que se tratava de um caso de tráfico internacional, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal.
Se condenados, investigados podem ficar mais de 30 anos presos
A partir disso, foram estabelecidas medidas importantes de parceria com a Receita Federal, além do estabelecimento de ampla cooperação internacional visando obter junto a agências policiais dos Estados Unidos e Europa, provas que pudessem ajudar a determinar os demais envolvidos na exportação criminosa que iria utilizar a estrutura portuária do Espírito Santo. No decorrer da apuração, verificou-se que a droga foi adquirida na Bolívia e seguiria para o porto de Le Havre na França de onde seria distribuída para outros países daquele continente.
Controlando a ação em solo nacional, uma das maiores organizações criminosas em atuação no país, liderada pelo traficante conhecido como o ‘Escobar brasileiro’, considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo em atividade. Preso no ano passado na Hungria, ele é investigado em vários países pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, em especial, o de Santos e Paranaguá e tentava colocar o Espírito Santo como alternativa para esses embarques.
Os investigados poderão responder por associação para o tráfico, tráfico internacional e interestadual de drogas e, eventualmente, pela lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.