Michael Luciano Borzas, 20 anos, romeno que invadiu a casa da família da ex-namorada, matou um homem no local e agrediu uma funcionária na segunda-feira (20) (relembre aqui) continua foragido.
A delegada responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Balneário Camboriú, Ruth Henn, explica que o caso está com a PM e com a DIC (Divisão de Investigação Criminal)* da Polícia Civil.
“Contamos com a população, se alguém ver o suspeito, pode ligar para o 190 ou 153. A PM e a Guarda estão com viatura sempre na rua, girando. A população está passando informações, hoje (21) mais cedo falaram que tinha um parecido com ele na Praia Brava. Já está tudo comunicado aos aeroportos, inclusive o crime da Barra (quando Michael invadiu a casa da família da ex e matou o caseiro) está sob competência da DIC, não se enquadrou como violência doméstica e sim homicídio. Já orientamos a PRF, que tem mandado de prisão expedido”, explica.
A delegada disse que no começo deste mês teve um acontecimento em Florianópolis, que foi ‘praticamente tentativa de feminicídio’, quando a então namorada de Michael, brasileira, foi levar ele ao aeroporto.
Ela (vítima) disse que após o fato em Florianópolis ele seguiu perseguindo-a. Houve registro de medida protetiva, mas o rapaz continuou seguindo-a.
“Ela foi até a delegacia e o Judiciário concedeu prisão preventiva. Já tomamos providências nesse sentido, com o mandado de prisão pedimos que a população ajude a encontrar. Ele pode estar hospedado na região. Se em outro local [outra cidade/estado] se depararem com ele, podem denunciar porque já há mandado de prisão expedido. Ele é considerado foragido”, acrescenta a delegada.
Ela definiu o caso como ‘extremo’ e que não é comum algo do tipo acontecer na região de Balneário Camboriú.
“Essa pessoa [Michael] a gente nem conhece, mas talvez pode ter até problema psicológico, tudo é questão de estudo, tanto que dos casos que temos esse é um caso diferenciado. Sempre orientamos que mulheres têm que se cuidar nos relacionamentos, ela [a ex do romeno] conheceu ele pela internet, em outro país. Tem que tomar cuidado, tem pessoas do bem na internet, mas muita gente se aproveita para fisgar mulheres e depois cometer crime contra elas. Muitos dilapidam patrimônio, iludem, fazem as mulheres pagar por viagens, dentre outras coisas”, orientou a delegada.
Henn aproveita para lembrar que ‘príncipe encantado’ não existe e que isso tem que ficar claro para as mulheres. A delegada comenta que lamenta pela vítima, uma jovem que agora deve estar com medo até de sair de dentro de casa, já que estava sendo perseguida por Michael, que acabou cometendo um homicídio e incendiando a casa da família dela.
“Olha a que ponto chegou. Temos que justamente evitar que chegue nesse ponto, uma pessoa morreu em decorrência disso, outra está ferida, poderia ser a família toda da ex dele. Ele ateou fogo na casa, saiu friamente do local. Diante do modus operandi, vemos que normal ele [Michael] não é. Um conselho: todo cuidado é pouco. Por isso, é tão importante que a comunidade denuncie e nos ajude a resolver esse caso”, completa.