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Bloco parlamentar Independentes foi desfeito: vereadores dizem que não houve ‘nenhum tipo de briga’

O bloco parlamentar Independentes, formado no início desta legislatura, composto pelos vereadores dos partidos MDB, Novo, Progressistas, PSDB e Republicanos, foi dissolvido nesta semana. O MDB, liderado por Marcelo Achutti, optou por sair do bloco que, por não ter o mínimo de integrantes (sete vereadores conforme Regimento Interno do Legislativo – parágrafo 3º do Art. 36, “não será admitido bloco parlamentar composto por menos de um terço (1/3) dos membros da Câmara Municipal de Vereadores”) precisou então ser desfeito. Com a dissolução, as lideranças dos partidos que eram integrantes do bloco ficam assim constituídas: MDB – Marcelo Achutti, Novo – Lucas Gotardo, Progressistas – André Meirinho, PSDB – Juliana Pavan, e Republicanos – Alessandro Teco. Houve comentários de que os vereadores teriam brigado, mas todos negaram a informação ao Página 3. Acompanhe:

“Seguimos nos reunindo, sempre debatendo porque temos pensamentos parecidos”

Marcelo Achutti, MDB – “Como líder da bancada do MDB, vejo que criamos o bloco para participar das comissões, para termos assentos na mesa diretora, e a dissolução não indica que ocorreu algum problema entre nós. A única coisa foi o entendimento de que não tinha mais necessidade, mas seguimos todos sendo oposição e se chegarem até nós matérias boas votamos favorável. Seguimos nos reunindo, sempre debatendo porque temos pensamentos parecidos, nada impede que sigamos com a linha de fazer cobranças necessárias. Colocaram no Diarinho que eu e o Nilson (Probst) estamos indo para o governo e por isso saímos do Independentes, e isso não procede. É só ver as minhas colocações recentes. Eu fui eleito para estar na oposição, mas se o governo precisar de mim para alguma ação positiva em prol da cidade eu estou à disposição. Mas isso de irmos para o governo não existe. Digo por mim que continuamos fazendo questionamentos ao Executivo, não fazemos só críticas, tanto que estamos cobrando a falta de atenção do Governo de SC para a nossa cidade, defendemos e apoiamos a abertura de novos leitos. O que for bom para Balneário vai ter o meu apoio. Fui eleito não para defender governo e nem para criticar, e sim para lutar pela comunidade. O que precisamos é de um governo eficiente, o lockdown é importante para restabelecer o número de casos e ocupação de leitos, mas também precisamos de ações. No começo [da pandemia] Balneário foi referência pelas atitudes tomadas, mas e agora? As pessoas estão morrendo, a pandemia continua, e na Câmara essa semana ficamos discutindo título de cidadão honorário para o filho do presidente? Lockdown, colapso na saúde, alagamentos na cidade. Pelo amor de Deus, são coisas que não consigo compreender”.

“Com a dissolução agora cada partido tem seu vereador”

Alessandro Teco, Republicanos – “As informações do vereador Achutti procedem, realmente a nossa ideia ao criar o bloco foi conseguirmos participar das comissões. Alguns partidos, como eu do Republicanos e o Gotardo do Novo, só temos um vereador, então não teríamos oportunidade de participar das comissões. Mas confesso que fiquei surpreso com a dissolução, só soube dela na sessão, não teve nenhuma reunião para nos informarem sobre. Não tem nenhum problema para mim isso, acredito que o MDB, como tem uma proporcionalidade maior (três vereadores) não precisam depender tanto do bloco, já que o representante era o Gotardo e talvez eles entendessem que não teriam a voz que queriam ter. Eu já havia conversado com os meus assessores antes da dissolução e falado que eu planejava sair [do bloco], pois entendo que assim conseguirei ter voz própria. Com a dissolução agora cada partido tem seu vereador. Não teve briga e nem divergência. Agora podemos rejeitar, dar parecer, cada um com sua visão. Foi melhor assim, mas sigo aberto para debater, sempre conversamos sobre os projetos que estão na Casa, também escuto os vereadores mais experientes, mas não sou influenciado, faço minha análise pessoal”.

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Ficam mais claras as opiniões de cada um dos partidos”

André Meirinho, Progressistas – “O nome do bloco já dizia a postura dos membros, cada um se manifestando e votando conforme suas convicções. O que nos mantém próximos e acredito que mesmo após a dissolução do bloco vai continuar aproximando, é exatamente a independência de analisar o que vem ocorrendo na cidade e defender o que é bom para Balneário Camboriú. Ouvindo a população e não se pautando pela opinião do prefeito. Na prática com a dissolução, ficam mais claras as opiniões de cada um dos partidos que voltam a poder ter líderes das bancadas e os votos e opiniões continuarão Independentes. Não houve nenhum problema entre nós, está tudo certo!”.

“Foi uma conversa de corredor, não sentamos para falar sobre o fim do bloco”

Lucas Gotardo, Novo – “Quando propusemos criar o bloco, que estava sendo liderado por mim, tínhamos a visão de fazer oposição de forma diferente. Acho ultrapassado usar os termos oposição e situação, mas de fato queríamos fazer esse enfrentamento: criticar quando necessário, com críticas inteligentes, não só bater por bater. O objetivo era esse, Independentes – nome sugerido por mim – tinha a visão de que cada parlamentar tivesse a liberdade para votar conforme seus ideais, pensando em algumas pautas de forma conjunta, mas cada um poderia votar e opinar como queria. O MDB parece ter um pensamento e visão de cidade diferentes das minhas e do Novo, e resolveram sair. Eu tenho uma visão com argumentação técnica, estudo, análise, você não vai me ver ir para a tribuna criticar sem fundamento. Houve uma conversa [sobre o fim do Independentes], mas não foi formalizada. O Achutti falou sobre a possibilidade de saírem, mas usou uma desculpa de que os partidos não teriam tempo para falar no final das sessões, tempo que ninguém costuma utilizar. Foi uma conversa de corredor, não sentamos para falar sobre o fim do bloco. Não é questão de eu querer ou não o fim, mas o foco era dar uma oportunidade de termos um novo modo de liderança nas posições contrárias ao governo. Eu queria que continuássemos a pensar em nossa cidade de uma forma diferenciada. Não houve nenhuma briga, a relação está normal. Informalmente não muda nada, cada um tem maneira de pensar, já houve sessão em que eu votei contra projeto do vereador Nilson, e não teve estresse algum. O MDB pensa diferente do Novo, só isso. Nunca me considerei oposição, conseguimos com o bloco ter espaço nas comissões. Vejo que o regimento da Câmara é falho, porque pra fazer composição de bloco precisa ter no mínimo sete parlamentares, como foi exatamente sete, compusemos para ter espaço em todas as comissões e as distribuímos de forma e igual. O MDB preferiu ficar apenas com as comissões e a questão da nova visão preferiram seguir de forma independente mesmo”.

“Pode até vir a enfraquecer os vereadores que não estão alinhados com o governo municipal”

Juliana Pavan, PSDB – “O surgimento do bloco Independentes se deu pela necessidade de consolidar a opinião dos parlamentares que não tem alinhamento com o atual governo, porém, seguindo o trabalho a favor da cidade, defendendo as pautas positivas, e questionando o que não vem de acordo com as necessidades da comunidade. No meu entendimento, como uma vereadora de opinião, o sentimento de independência não é fruto de um acordo político ou partidário, ele é sobretudo um dever dos vereadores, que devem lutar pela autonomia e independência do Legislativo. Se eu tivesse saído do bloco, por questão de respeito e hierarquia, teria comunicado o líder, que é o vereador Lucas Gotardo. Penso que o bloco sendo dissolvido pode até vir a enfraquecer os vereadores que não estão alinhados com o governo municipal, como é o meu caso, mas nem por isso irei me intimidar, seguirei de forma independente como sempre enfatizei, respeitando a todos e com muita ética e responsabilidade em minhas ações. Estarei sempre à disposição para discutir de forma colaborativa, proativa e respeitosa com todos os vereadores. Penso que a manutenção desta união poderia sim trazer um novo momento para Balneário Camboriú, pois o desejo de unir forças políticas em torno de um projeto coletivo para que a partir de 2025 tenhamos novamente um governo eficaz na cidade, é o sentimento que nos move”.

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