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Bolsonaristas se irritam com Tarcísio por elogio a urna eletrônica e Justiça Eleitoral

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os elogios feitos por Tarcísio de Freitas (Republicanos) às urnas eletrônicas e à Justiça Eleitoral brasileira, em um evento no Tribunal de Justiça de São Paulo na noite de quinta-feira (20), enfureceram aliados bolsonaristas do governador.

No fim de semana anterior, Tarcísio havia participado, no Rio, do protesto pró-anistia dos presos pelo 8 de Janeiro, convocado por Jair Bolsonaro (PL). No ato, criticou a inelegibilidade do ex-presidente, determinada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Aliados de Bolsonaro disseram que o governador sinalizou disposição de atuar de acordo com seus interesses, sem compromisso com o grupo político. Segundo relatos à Folha, a impressão deixada foi que, depois de endurecer o discurso para um lado, busca compensar com gestos na direção oposta.

Tarcísio discursou no Palácio da Justiça, sede do TJ-SP, durante a abertura do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel).

“O Brasil veio se tornando referência em termos de velocidade, de apuração, de tecnologia. Muitos países têm que olhar para o Brasil e ver o que está sendo feito aqui. O Brasil se tornou, de fato, uma grande referência”, disse, falando das urnas.

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“A gente tem que fazer o agradecimento à Justiça Eleitoral por todo esse trabalho, por todo esse empenho como garantidora da democracia brasileira”, complementou.

Para um integrante da base bolsonarista na Assembleia Legislativa, o governador tocou em um tema sensível ao bolsonarismo. Ao falar de urnas eletrônicas, disse, era esperado que mencionasse o “voto auditável” e a impressão dos votos registrados, bandeiras do ex-presidente.

Outro membro do grupo criticou a presença de Tarcísio no evento, argumentando que, se o governador questiona a decisão da Justiça Eleitoral que tornou Bolsonaro inelegível, não deveria participar de um ato em deferência ao mesmo órgão.

O ex-presidente perdeu seu direito de disputar eleições até 2030 após ser condenado pelo TSE por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação, após difundir mentiras sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores e utilizar eleitoralmente o evento de comemoração do Bicentenário da Independência.

Tarcísio nega publicamente que tentará disputar a Presidência no ano que vem, afirmando que Bolsonaro será o candidato, mesmo com o impedimento judicial. Ele diz que tentará a reeleição ao governo paulista — embora já tenha reconhecido a aliados que, se o ex-presidente pedir, abraçaria a disputa ao Planalto. Nos bastidores, seu nome é cogitado entre dirigentes de partidos da direita ao centrão.

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Ao comparecer ao evento no Rio, apesar do esvaziamento, Tarcísio havia ganhado pontos entre os bolsonaristas com um discurso repleto de frases de efeito, críticas à carestia — que atribuiu à irresponsabilidade fiscal do governo Lula (PT) — e referências a escândalos de corrupção da gestão petista.

Segundo deputados, ao dedicar parte do discurso a elogiar Bolsonaro, o governador havia reforçado seu alinhamento em um momento delicado: a iminente aceitação, pelo STF, da denúncia contra o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

A Primeira Turma da corte julgará na terça-feira (25) se Bolsonaro vira réu — passo que dá continuidade ao processo até uma possível condenação futura, que poderia levá-lo à prisão.

Parlamentares bolsonaristas dizem que as declarações de Tarcísio sobre a Justiça Eleitoral trouxeram decepção, mas que evitarão críticas públicas ao governador.

No lugar disso, prometem cobrar novos posicionamentos públicos de Tarcísio sobre casos como o da bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos, uma das acusadas de invadir o STF e participar da tentativa de golpe. Mãe de duas crianças, seu julgamento está em curso — Alexandre de Moraes votou para que sua pena seja de 14 anos, entendimento acompanhado por Flávio Dino.

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Moraes, relator do processo, afirmou que ela “estava indiscutivelmente alinhada à dinâmica criminosa [do golpe], como se infere do vídeo divulgado por sites jornalísticos, no qual a acusada vandaliza a escultura ‘A Justiça’ e, após, mostrando as mãos conspurcadas de batom vermelho, comemora, sorrindo em direção à multidão que invadira a praça dos Três Poderes e outros prédios públicos”.

No ato de domingo no Rio, Tarcísio mencionou o caso de Débora. “O que eles fizeram? Usaram batom? Num país onde todo dia vemos traficante na rua, onde os caras que assaltaram a Petrobras voltaram à cena política. Está certo isso?”, questionou.

As redes sociais de Tarcísio não divulgaram o discurso feito aos juízes eleitorais na sede do TJ-SP. Na sexta (21), Tarcísio publicou dois vídeos para celebrar o aniversário de Jair Bolsonaro, que completou 70 anos.

O primeiro foi um apanhado de imagens dos dois juntos em eventos e discursos eleitorais. O segundo foi um registro do telefonema que o governador fez ao aliado para lhe desejar parabéns.

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