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Borboleta de Menarca: projeto planeja distribuir absorventes nas escolas de Balneário Camboriú

O projeto Borboleta de Menarca, que visa oferecer gratuitamente absorventes nas escolas municipais e postos de saúde de Balneário Camboriú entrará em votação no próximo dia 6. Juliana Pavan é a autora do projeto, que contou com contribuição da ex-candidata a vereadora pedetista, Sabrina Silva. 

Absorventes e tampões (Divulgação)

Juliana explica que o objetivo é a promoção da saúde, desde a infância, e a garantia de estudos e ações a fim de contemplar às classes menos favorecidas através da disponibilização de absorventes com gratuidade. 

“Eu já possuía um projeto dentro desse tema, mas, ainda no início de meu mandato recebi ideias da Sabrina Silva, que me procurou em janeiro e somou muito à nossa proposição, culminando na apresentação do ‘Borboleta de Menarca’, nome idealizado por ela, e nos unimos. Borboleta fala de transformação, e Menarca é a primeira menstruação. Foi muito bacana essa parceria e vejo que é, também, uma forma de dar voz para outra mulher que não está no Legislativo, mas que está contribuindo muito para a nossa cidade. Tenho fé na aprovação, diante de sua abrangência”, diz. 

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Apoio de vereadora mirim 

Juliana salienta que, durante a tramitação do projeto de lei na Câmara, ao acompanhar uma sessão da Câmara Mirim, ficou sabendo da iniciativa da vereadora mirim Letícia Campana de Goes, que fez uma indicação ao Executivo para que fosse disponibilizado absorventes gratuitos nas escolas municipais. As duas conversaram sobre o assunto e depois disso, Juliana disse que sentiu ainda mais a necessidade deste projeto ser aprovado, dando o amparo que as meninas precisam. 

“Quando se fala em menstruação, se tem um preconceito referente a um processo biológico natural das mulheres e, um terço da população brasileira, sofre, em prejuízo as vidas de muitas meninas, quando elas entram na idade menstrual. Conforme estudos, muitas delas não conseguem manter assiduidade na escola por não terem acesso, sequer, a absorventes, além da ausência de informações”, explica Juliana. 

Prevenção também

O projeto também aborda a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e a disponibilização de absorventes em casos de fragilidade econômica e social (através dos postos de saúde, focando, por exemplo, nas moradoras de rua). 

“Em São Paulo esse programa já foi implantado e ele vem ao encontro da necessidade, dando ainda orientação para as nossas meninas, sobre um assunto que, infelizmente, ainda há muito tabu. Segundo dados do relatório Livre para Menstruar, uma a cada quatro adolescentes brasileiras não têm acesso a absorventes. A ONU estima que uma em cada 10 meninas se ausente da escola durante a menstruação, e o Brasil tem hoje cerca de 7,5 milhões de meninas nessa condição – meninas que menstruam na escola. Quase 90% delas frequentam a rede pública de ensino. Por isso, questiono, será que nossas escolas estão preparadas para receber as meninas que menstruam?”, acrescenta. 

Colaboradora do projeto pede apoio 

A colaboradora do projeto, Sabrina Silva, explica que na época das eleições, quando foi candidata pelo PDT, uma de suas propostas era o Borboleta de Menarca, inspirada em outras cidades do Brasil, como Florianópolis, que já possui lei sobre o assunto há dois anos. 

“Mesmo sem ter sido eleita, eu vi que o projeto não podia ficar parado e que ele precisava ser representado por uma mulher. Por isso, procurei a Juliana, a nossa única vereadora, e ela apoiou, indo mais a fundo, com a ideia de levar também para as escolas discussões sobre temas como gravidez na adolescência, DSTs, etc. Vejo que é difícil para a Ju estar lá [na Câmara] sozinha, são 18 homens, e é uma luta muito difícil, por isso é tão importante nos unirmos. É importante que a comunidade nos apoie e fique de olho no próximo dia 6, para que os vereadores aprovem”, afirma. 

Segundo Sabrina, Juliana recebeu muito bem suas ideias e ela aproveita para agradecer que a vereadora manteve o nome original. 

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“É muito representativo, fala da transformação da menina. Eu pensei na minha própria experiência, porque eu não tive diálogo sobre sexualidade em casa. Quando veio a minha primeira menstruação eu fiquei desesperada, não entendi o que aconteceu, houve um tabu muito grande, quando contei, minhas tias deram risada, foi constrangedor. No colégio também não chegavam informações. É muito importante e precisamos levar esse tema junto da Educação e nos postos de Saúde. É um projeto essencial para Balneário”, completa.

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