Uma reunião pública com o tema ‘Cannabis medicinal: saúde e políticas públicas’, está marcada para quinta-feira (23), às 19h, na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú.
O objetivo é debater a importância de fornecer medicamentos à base da substância ativa canabidiol (CBD) em Santa Catarina – a deputada Paulinha é autora do PL que propõe isso, na Alesc, e estará no evento.
Especialistas participarão do evento
O vereador Eduardo Zanatta organiza o evento e explica que está bem feliz com a repercussão que já está tendo, pois o objetivo é exatamente trazer a comunidade para debater a importância dos medicamentos à base de cannabis medicinal com a população de Balneário Camboriú, que auxiliam no tratamento de pessoas com epilepsia, fibromialgia e com o transtorno do espectro autista (TEA).
“Estará presente a presidente da AMA Litoral, Catia Purnhagen, o professor de Neurologia da UFSC, Paulo Bittencourt, especializado no tema, a deputada Paulinha, autora do PL dos medicamentos à base de CBD em SC, o presidente da Santa Cannabis, Pedro Sabaciauskis e a farmacêutica especialista em plantas medicinais Adriana Russowski”, diz.
Projeto pede distribuição via SUS
Zanatta salienta que é preciso avançar em políticas públicas nessa área e fornecer medicamentos à base de cannabis pelo SUS, pois hoje o acesso ao óleo de CBD é restrito e tem valor alto. Anualmente, vem crescendo o número de solicitações de importação do medicamento – somente em 2021, foram mais de 40 mil solicitações registradas na Anvisa.
“Recebi mensagens de moradores, de pais que utilizam o óleo, pois ajuda na insônia, reduz dores musculares… alguns estados já aprovaram leis de distribuição do medicamento, como São Paulo. Precisamos porque é de alto custo e dificulta acesso para quem mais precisa. Disponibilizando pelo SUS, garantimos uma maior qualidade de vida para famílias de Balneário Camboriú, por isso na ocasião irei protocolar um PL para que a nossa cidade passe a fornecer medicamentos à base de cannabis na rede municipal de saúde”, comenta.
“Desconhecimento total”
Questionado pelo jornal se já recebeu comentários negativos sobre o evento, Zanatta diz que não, mas sabe que é possível que isso aconteça, porque é comum a ‘ignorância’ de pessoas que comparam o CBD com a maconha.
“Só se estão fazendo [comentários negativos] em privado e não chegou até mim. É desconhecimento total quem fala isso [compara o CBD com maconha], pois não tem nada a ver”, completa.