O vereador Marcelo Achutti lembrou que na última semana (26/05) completou seis anos de quando fez uma camiseta com a frase: ‘Governador, ajude no custeio do Ruth!’, o que até hoje não se tornou realidade, porque o hospital que é municipal, segue atendendo toda a região.

Antes da pandemia, Balneário Camboriú investia pelo menos R$ 1,7 milhões/mês na manutenção do hospital (com valores que chegaram a mais de R$ 4,5 milhões/mês, em 2019), superando os R$ 40 milhões/ano. Com a pandemia, esse valor deve ter aumentado bastante. O jornal procurou a Secretaria de Saúde e a Comunicação da prefeitura para saber qual tem sido a verba destinada, mas não recebeu uma resposta.
Prefeitura não atualiza informações sobre verba
“Passaram-se seis anos e ainda continuamos com a mesma história, de que o Estado não pode repassar verbas para custeio da unidade. Mas isso é uma grande mentira, pois outras unidades recebem recursos. É possível sim, o que está faltando é vontade política e mais compromisso para com a nossa região”, disse Achutti. Ele estreou a camiseta pedindo ajuda ao Estado em 26 de maio de 2015, em uma sessão legislativa.

O vereador diz que o município não está atualizando informações sobre os gastos com a manutenção do Hospital.
“Com o Covid não sabemos quanto a prefeitura gasta. Dizem que estão repassando verbas e priorizando a Saúde, mas quantos novos leitos abrimos em Balneário? Estou achando estranho e, quando a situação melhorar, quero fiscalizar”, acrescenta.
Projeto sobre gastos com Covid não entrou para votação
Achutti protocolou um projeto em 2020 para que a prefeitura informe no Portal da Transparência os gastos com o Covid-19, mas que até hoje o projeto sequer entrou para votação.

“A Câmara está preocupada em votar Moção, essa é a realidade. Volto a dizer algo que chega a ser cansativo: deveríamos ter apoio do Estado e também das cidades vizinhas! Hoje só temos dois hospitais na região, o Marieta (Itajaí) e o nosso Ruth, e mesmo assim não vejo os prefeitos de nossa região nos auxiliando com o custeio”, aponta.
Municipal ou Regional?
A questão da gestão do Hospital também é um assunto antigo, que é discutido desde que Edson Renato Dias (Piriquito), era prefeito da cidade.
“O Fabrício já está em seu segundo mandato e ainda não temos a definição do que ele é. Afinal, se for municipal, temos que repactuar e só Balneário pode usar, mas ele é regional! Está de portas abertas, então precisamos de apoio. É injusto. Se não querem dar dinheiro, poderiam ceder profissionais, médicos, enfermeiros. Dá para fazer convênio, há várias formas… mas hoje falta vontade política”, reafirmou o vereador.