A prática de canoa havaiana vem enfrentando barreiras para virar uma modalidade instalada na orla da Praia Central de Balneário Camboriú, como acontece no Rio de Janeiro e Florianópolis.
A vereadora Juliana Pavan foi procurada pelos praticantes do esporte com um pedido: que as canoas possam ficar na areia e, assim, garantir a prática diária, como acontece com o beach tênis, por exemplo.
“Aloha, vida!”, o cumprimento que é o literal ‘bom dia’ em havaiano, é uma prática entre o grupo de 50 mulheres que praticam canoa havaiana na Praia Central de Balneário Camboriú.
Elas estão em tratamento de câncer e/ou são voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer da cidade e têm aulas de canoa havaiana (considerada o esporte da vez) com o empresário Ubiratan Guedes, treinador com passagens por vários campeonatos Brasil afora.
A vereadora Juliana Pavan conta que, apesar do sucesso entre as mulheres, a prática enfrenta barreiras para virar uma modalidade instalada na orla. Ela foi procurada pelo grupo porque o professor Ubiratan, não conseguiu contato com o governo municipal.
“Por isso, protocolei o projeto de lei, solicitando que as canoas permaneçam durante o dia na praia. Queremos legalizar a canoa havaiana, que tem cunho social no tratamento das pacientes oncológicas. Tive reunião com o grupo e também participei do passeio, onde pude compreender a importância. A solicitação é focada principalmente porque a prefeitura está notificando-os e não permite hoje que deixem a canoa na areia, por uso de espaço público, porque hoje não há regulamentação, e é isso que estamos buscando resolver”, diz.
Segundo Michele Voloszin, paciente oncológica e organizadora dos passeios da Rede Feminina, as aulas acontecem uma vez ao mês e têm sido ‘transformadoras’. “Além do cenário, da amizade que formamos, têm a melhoria direta no tratamento. Na cirurgia de mama, retiramos os gânglios e remar melhora nossos movimentos. Os médicos recomendam como pós-cirúrgico”, afirma.