A vereadora Juliana Pavan disse que o ano letivo na rede municipal começou nesta terça-feira (7), com algumas escolas precisando de manutenção, sem roçadas e até com problemas elétricos, como é o caso do Centro Educacional Municipal Professor Armando Cesar Ghislandi.

O novo secretário de Educação de Balneário, Marcelo Achutti, também se pronunciou sobre a situação. Acompanhe:
Ghislandi tem problemas elétricos pelo menos desde 2021
Desde segunda-feira (6) a vereadora está visitando as escolas para conferir as condições. Ela esteve no Ghislandi e também no Ivo Silveira e no Antônio Lúcio.
A situação que mais surpreendeu foi no Ghislandi, nesta terça (7). Juliana relembrou que em 25 de fevereiro de 2021 esteve no local e viu que o colégio estava sem luz e explicaram para ela que havia problema no quadro elétrico e que já havia sido solicitada manutenção, porque a escola cresceu e exigia adequação nas instalações elétricas.
Em 19 de março daquele ano, Juliana chegou a receber informações sobre um projeto elétrico sendo analisado pela Amfri, que serviria de base para licitar e realizar o serviço, mas nada aconteceu.
“Na época, falei na tribuna, fiz indicação para a Secretaria de Educação. E hoje (terça, 7) fui novamente ao Ghislandi, quase dois anos depois, e encontrei a escola sem luz, com as crianças suando e no escuro, os professores nessa situação complicada. Fui ver e era o quadro elétrico. Coloquei a minha mão nele e queimei, porque estava quente. Quando cai a luz, tem que desligar o quadro, mas aquece e cai de novo, e isso tudo causa problemas – queima ar-condicionado, máquina copiadora. Em dezembro/2022 a então secretária de Educação, Marilene Cardoso, disse que iriam fazer as manutenções para tudo estar pronto para o retorno das aulas, eu acreditei e elogiei na tribuna… mas nada foi feito”,

Falta de manutenção e roçagem
Juliana também comentou que não conseguiu visitar todo o CEM Ivo Silveira, porque a equipe precisava ir para a palestra de abertura do ano letivo, segunda-feira (6), mas percebeu que não foi feita a roçada do colégio.
“Eu sei que tem um projeto da Amfri para reestruturação do local, pois é uma escola antiga que precisa de reforma, em respeito aos alunos e equipes. Materiais novos estariam chegando, mas eu não vi. Soube que estaria tudo em andamento para a reforma acontecer… vamos aguardar”, afirmou.
No CEM Antônio Lúcio, a vereadora percebeu que não foi feita a obra de acessibilidade na entrada da escola, que também deveria ter sido feita durante as férias.
“Fiz indicação pedindo, porque há criança cadeirante estudando lá, mas não foi feito. E lá também há a falta de roçagem. Não sei se esqueceram de roçar ou se não tem máquina. Recebi muitos comentários de que há mais unidades aguardando esses reparos e manutenções. Roçar é o básico! Por que não fizeram? Sabiam que o ano letivo ia começar!”, acrescentou.

Juliana disse que irá visitar todas as unidades de Balneário até o fim deste mês, porque quer acompanhar de perto esse retorno das aulas e ver as situações das escolas e creches. “Saber se fizeram as manutenções e se não, por qual motivo. Quero saber de fato qual é o planejamento, o cronograma de ações. A demanda do Ghislandi é urgente, porque põe em risco os alunos e professores. Exige atenção por parte do Poder Executivo”, completou.
O que diz o secretário
O jornal procurou o secretário de Educação, Marcelo Achutti, que assumiu a pasta na segunda-feira (6). Ele disse que está visitando escolas e núcleos de educação infantil para identificar os ‘problemas pontuais’.
“Todos os vereadores foram convidados para acompanhar as visitas e o colegiado de educação está na rua junto comigo. Já soube da situação do Ghislandi e encaminhei equipe para resolver. Posso dizer para a vereadora Juliana que não é só lá o problema, há muitos outros e eu assumo isso”, salientou.
Achutti disse ainda que tem sido bem recebido pelas gestoras das escolas e creches e que pretende apresentar um diagnóstico dos problemas estruturais e reformas/manutenções que precisam ser feitas.
“Vou apontar problemas que precisam ser solucionados. Peço que me deem de 30 a 60 dias para montar esse diagnóstico e apresentar soluções. Já digo que dinheiro da AAPP (Associação de Pais e Professores) não é para reforma e sim para pequenos reparos. Eu vim para fazer gestão, essa foi a determinação que o prefeito Fabrício me deu. Fui pedra e hoje sou vidraça, e estou indo para a rua, ouvir a comunidade, já levei puxão de orelha, porque quero resolver as situações, não estou negando elas”, acrescentou.
Sobre a falta de roçagem, o secretário disse que a empresa terceirizada ‘não estava dando conta’ e que já solicitou um mutirão com as equipes da Secretaria de Obras.
“Estamos na rua, estou fazendo esse diagnóstico presencial, porque quero resolver. Esse é o foco”, finalizou.