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Balneário Camboriú
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Abraço à Vida fez quase 10 mil atendimentos em 2020

Programa municipal fez 9.736 atendimentos em 2020 – número maior do que 2019

Balneário Camboriú conta com o programa de apoio emocional e psicológico Abraço à Vida (e os específicos Abraço ao Idoso, Abraço à Mulher, Abraço ao Jovem e Abraço ao Servidor). Em 2020, os profissionais fizeram 9.736 atendimentos – 50 a mais do que em 2019, considerando que não houve atendimento em grupos por conta da pandemia. Destes, 75% foram mulheres, sendo principalmente jovens (64,74%) entre 15 e 39 anos. O serviço, que funciona com plantão 24h todos os dias (incluindo domingos e feriados) é referência nacional, sendo elogiado pelo suporte que dá aos moradores da cidade que precisam desse suporte.

Raquel Silveira Correa

A atual coordenadora do programa Abraço à Vida e psicóloga, Raquel Silveira Correa, opina que, levando em consideração o crescente índice de depressão, ansiedade, ideação suicida e outras questões de ordem subjetiva, ‘o Janeiro Branco vem a ser uma campanha com o objetivo de conscientizar a população para as necessidades relacionadas a saúde mental e emocional das pessoas’. 

“A escolha do primeiro mês do ano, é devido as pessoas ficarem mais reflexivas e propensas a pensarem em suas condições de existência. Sendo assim, é importante que as pessoas busquem apoio nos momentos em que não estão conseguindo lidar com determinadas situações em suas vidas. Para um município como Balneário Camboriú, ter um programa de Atenção à Saúde Mental, como o Abraço à Vida, todos os dias da semana 24h por dia, é um ganho e avanço para a cidade que prioriza e valoriza a vida dos seus munícipes”, diz.

Raquel lembra que o Abraço conta com telefone de plantão 24h ((47) 99982-2322), onde a pessoa pode acionar; então é marcado o ‘acolhimento’, para uma escuta inicial e assim os psicólogos conhecerem o paciente e a situação que ele está vivenciando. 

“Após essa escuta, agendamos o atendimento psicológico semanal. O programa oferece o atendimento semanal e o plantão fica à disposição para caso ocorra alguma emergência. Em 2020 identificamos um aumento de sintomas, como ansiedade e depressão, por conta da pandemia”, comenta.

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Equipe do Abraço, Raquel no centro de branco e Christina de amarelo (Foto Divulgação)

O programa integra a Secretaria de Inclusão Social, comandada pela psicóloga Christina Barichello, que acompanhou o Abraço desde a sua criação. Ela cita que com a pandemia perceberam que muitas pessoas ficaram desesperadas, principalmente no início, entre março e junho.

“No início o desespero era individual, agora estamos conhecendo os reflexos das questões familiares. Nunca atendemos tantos adolescentes como agora, idosos e mulheres também. Está tudo interligado porque todos fazem parte do núcleo familiar. Os idosos foram afetados pela solidão, já os pais pelo estresse, as crianças e os adolescentes pela ansiedade e falta da escola. As famílias nunca ficaram tanto tempo juntas, e a dificuldade de convivência surge”, analisa.

A secretária lembra que o prefeito Fabrício Oliveira defende muito esse ‘olhar prioritário para a vida’ – que é citado com frequência por ele

“É a diretriz que ele dá e estamos ampliando os nossos serviços. Hoje contamos com uma equipe técnica, junto também do CRAS e CREAS, de quase 30 profissionais que cuidam da saúde mental. É ouro investir nas pessoas nesse sentido em plena pandemia, Balneário está muito bem amparada nesse sentido. Temos uma escuta qualificada imediata, a pessoa entra em contato e já é atendida, considerando que às vezes esperar 20 dias por atendimento pode ser caso de vida ou morte. A maior parte do país ainda não é assistida nesse sentido, e inclusive cidades da região pedem para nós atendermos moradores de outros municípios, mas não temos como fazer isso atualmente”, pontua. 

Christina cita ainda o programa que está em fase de projeto, que será focado exatamente nas famílias, investindo na saúde emocional de cada membro familiar, discutindo educação financeira, planejamentos, criação de filhos. 

“Iremos discutir a importância da família se planejar, ofertando um leque de cursos, por exemplo”, acrescenta.

Sobre o Janeiro Branco, Christina salienta que é um movimento para alertar sobre a importância da saúde mental e que, assim como o Setembro Amarelo [que visa discutir sobre a preservação da vida e evitar o suicídio] surge para quebrar tabus. “Às vezes a pessoa precisa até mesmo de um psiquiatra. O psicólogo se preparou para o trabalho, não é como desabafar com um amigo, é uma escuta profissional. Ele estudou pelo menos cinco anos, e os nossos profissionais possuem pós, mestrado”, diz, citando que a depressão, por exemplo, pode ser uma disfunção química no organismo, é um processo biológico, e que por isso precisa ser atendida e tratada de forma responsável. 

“Muita gente fala que depressão é falta de Deus, que é fraqueza, frescura. E não é! A pandemia intensificou isso, mais pessoas foram afetadas e precisam desse suporte emocional. Quem teve Covid foi afetado pela tensão de saber se ficará bem ou não, quem ainda não teve passa pelo medo de ser contaminado. Não temos como não investir em saúde mental, nem sempre a comunidade precisa somente de Bolsa Família. É preciso um suporte de fortalecimento emocional. Ninguém imaginava que iria vir uma pandemia, que empresas iam fechar, que muitas pessoas perderiam seus empregos. Tem sido um período de interrogações. Mais campanhas como essa deveriam acontecer, porque a importância da saúde mental precisa ser lembrada o ano todo”, explica

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