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Balneário Camboriú

Balneário Camboriú é considerada 100% infestada e vive uma epidemia de dengue

“A situação é grave e a gente precisa dizer isso”, falou o prefeito, pedindo que a população ajude e participe do Dia D de combate, no próximo dia 13

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Balneário Camboriú vive uma epidemia de dengue e a situação é preocupante, já que no mesmo período em 2022 a cidade acumulava 59 casos, sendo 18 autóctones, e neste ano, até 1º de maio, já são 1.525 casos, sendo 1.163 autóctones (a maioria dos focos do mosquito – 150 – estão no Centro, mas há em todos os bairros, além de cerca de 800 ‘não detectados’). 

Por este motivo, aconteceu um evento para a sociedade civil organizada e imprensa, nesta quinta-feira (4), no Teatro Municipal, onde o prefeito Fabrício Oliveira e a Secretaria de Saúde fizeram um apelo para que a comunidade se atente à situação, porque toda a cidade possui focos do mosquito. 

Prefeito Fabrício e secretário Tomalih pedem ajuda à população: todos tem que fazer a sua parte (Foto Renata Rutes)

Até o momento, Balneário possui duas mortes confirmadas pela doença, de duas idosas de 94 e 80 anos.

“A situação é grave”, diz prefeito

O prefeito Fabrício Oliveira disse que faz um apelo aos moradores, para que entendam a gravidade da situação que Balneário Camboriú vive hoje e que recebam os agentes e fiscais (68 atuam nas ruas da cidade diariamente), lembrando que a cidade vive hoje um aumento exponencial de casos de dengue e que o aumento de 2022 para este ano é alarmante. 

Mapa dos casos positivos de 2022 (Foto Renata Rutes)
Mapa dos casos de 2023 (Foto Renata Rutes)

“Precisamos combater isso. Temos focos em toda a cidade. Abrimos um Centro específico para atendimentos de casos suspeitos, onde estamos fazendo testagem rápida e, se a pessoa positivar, já começa a tratar a doença. Pois se a pessoa não sabe se tem a doença vai uma vez ao médico, piora e volta ao hospital, e se tem o diagnóstico, já inicia o tratamento”, explicou.

Fabrício disse que o combate à dengue está parecido com o projeto desenvolvido durante a pandemia de Covid-19, incentivando que a comunidade participe ativamente seguindo os cuidados necessários. 

“A situação é grave e a gente precisa dizer isso. Estamos vendo isso no Brasil e em Santa Catarina, acaba que o clima colabora, mas a sociedade unida e organizada consegue combater de forma mais rápida e eficiente. Não basta passarmos só com o fumacê, estarmos bem equipados com atendimento, o que temos que fazer é não deixar criar focos do mosquito. Precisamos, de verdade, do envolvimento de toda a comunidade. Vamos fazer um mutirão, um Dia D, no dia 13, vamos todos para a rua, eu vou estar, e vamos passar de casa em casa, envolvendo as pessoas. A união de todos é essencial, na crise Balneário sempre cresceu”, acrescentou.

Moradores também precisam cumprir o seu papel

O secretário de Saúde, Omar Tomalih, afirmou que Balneário Camboriú vive hoje um dos momentos ‘mais delicados’ em relação à dengue e que a comunidade precisa apoiar com um cuidado redobrado, já que água acumulada em uma tampinha já pode ser depósito de ovos do Aedes aegypti. 

“As pessoas cuidam do quintal do vizinho e esquecem do seu. Por isso, vamos fazer um ‘exército da conscientização’ e vamos para a rua no Dia D, que será um dia de conscientização junto aos moradores, para entenderem o quanto precisam se engajar nesse trabalho de combate à dengue. Queremos envolver toda a sociedade civil, para que a população entenda a gravidade do momento. Cada cidadão precisa cuidar da sua casa, do seu apartamento, do seu pátio. Nós abrimos o Centro de Referência, compramos mais de 10 mil testes rápidos, ampliamos nossas equipes de combate à dengue, tudo isso para proteger o cidadão, mas ele também precisa fazer o seu papel”, disse.

O secretário comentou ainda que o combate à dengue precisa ser feito durante todo o ano e não só neste momento. Um desafio vem sendo os prédios, já que há muitos apartamentos fechados, inclusive com piscina. 

A piscina infestada de larvas que o secretário Tomalih citou (Foto Renata Rutes)

Foi apresentado durante o evento desta quinta-feira o caso de uma piscina, em uma obra no Centro de Balneário Camboriú, que estava infestada com milhares de larvas do mosquito da dengue. 

“As equipes estão indo nos prédios, verificando piscinas, áreas de lazer, salões de festa, visitando apartamentos, principalmente os que têm sacadas abertas. Orientamos os síndicos de como fazer o papel e nos ajudar. Não é fácil, mas através da força de todos, conseguimos chegar. A piscina mostrada chegou até nós através de denúncia, por isso é tão importante que a comunidade nos ajude dessa forma também”, acrescentou.

Balneário vive uma epidemia de dengue

O supervisor David: ‘fugiu do controle’ (Foto Renata Rutes)

O supervisor de campo dos agentes de combate às endemias, David Cruz, participou da apresentação feita nesta quinta-feira e conversou com o Página 3, explicando que atualmente 68 agentes (da Saúde e também da Fiscalização de Posturas – os fiscais atuam principalmente nas obras da construção civil, onde havia muitos focos do mosquito) atuam nas ruas de Balneário Camboriú. 

David demonstrou preocupação com a situação que a cidade vive e disse que ‘fugiu do controle’, pontuando que em alguns casos há intimação do proprietário, interdição de locais e até mesmo aplicação de multas – principalmente em casos reincidentes.

Como identificar se é dengue e o que fazer (Foto Renata Rutes)

“A região central tem bastante focos, assim como o Bairro das Nações, onde começou a aparecer muitos casos positivos. Balneário Camboriú é classificada como 100% infestada. Encontramos situações em todos os cantos da cidade. Já temos o quantitativo suficiente para decretar epidemia – porque segundo a OMS, são necessários 300 casos autóctones a cada 100 mil habitantes, e como Balneário tem cerca de 150 mil habitantes, em torno de 340 autóctones já daria para decretar epidemia, e já estamos com mais de 1.100 autóctones, ou seja, casos contraídos dentro do município, então podemos dizer que vivemos uma epidemia de dengue”, informou.


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