Balneário Camboriú tem 225 casos da doença e 933 focos
Balneário Camboriú tem 933 focos do mosquito Aedes aegypti e 225 casos de dengue, sendo 71 autóctones (contraídos dentro da cidade), 16 importados, 51 indeterminados e 87 em investigação, além de um caso de Chikungunya não residente.
Adiretora da Vigilância Ambiental e responsável pelo Programa Municipal de Combate à Dengue em Balneário Camboriú, Eliane Casatti disse que estes números foram registrados até segunda-feira (6).
Apesar do mosquito transmissor circular menos no clima frio, a diretora lembra que a prevenção e os cuidados não podem parar.
Os criadouros precisam ser eliminados, porque os ovos depositados no frio podem ficar meses aguardando dias mais quentes para eclodir.
Por este motivo a equipe de agentes de saúde nas ruas não pára. Esta semana eles estão vistoriando casas e comércios do centro, que tem 214 focos. É onde está o maior número de focos, seguido pelos bairros Nova Esperança com 125; Barra com 77 e São Judas com 55.
“Além de orientar e vistoriar possíveis focos, as equipes também estão fiscalizando casos denunciados pela Ouvidoria Municipal e também visitando pacientes positivos e suspeitos”, disse Eliane.
No Estado
O último boletim divulgado no dia 3 deste mês, pela DIVE/SC sobre a situação da dengue em Santa Catarina, registrou 45.952 focos do Aedes aegypti em 229 municípios. Destes, 130 municípios são considerados infestados pelo mosquito e 64 estão em epidemia de dengue.
Foram confirmados 53.049 casos da doença, sendo a maioria autóctone (48.892), ou seja, casos contraídos dentro do estado. Somente em 2022 já foram registrados 54 óbitos pela doença e outros 21 seguem em investigação.
Nova técnica de combate
A implantação de uma nova tecnologia das armadilhas dispersoras de inseticida no estado está em andamento.
Na semana passada aconteceu em Florianópolis uma oficina de capacitação teórica e prática com pesquisadores da Fiocruz/AM.
“A partir de agora, cada técnico que participou da capacitação retorna para sua região, realizando a análise da situação entomológica e o planejamento para implantar essa estratégia de controle do mosquito, de forma a complementar todas as ações que já estão sendo feitas pelas equipes da Vigilância Epidemiológica dos municípios e do estado. É mais uma medida que vem para auxiliar na prevenção à dengue, e que será incorporada nas atividades elencadas pelo estado no controle do vetor”, explica João Fuck.
Como funciona
As Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) compõem uma tecnologia desenvolvida pela Fiocruz/AM, que basicamente utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida.
O objeto atrai as fêmeas do Aedes aegypti para colocar ovos e ao pousar elas se impregnam com o larvicida presente nas estações. Assim, impregnadas com larvicida, ao visitarem outros criadouros acabam contaminando-os com o inseticida. Como consequência, o produto impede o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo a infestação do mosquito.
“Essas armadilhas foram implementadas inicialmente em duas cidades, em testes, no estado do Amazonas, e os resultados foram levados ao Ministério da Saúde. A coordenação de arboviroses junto com a OPAS fizeram a avaliação e agora, a gente vem a alguns anos implementando em diversas cidades do Brasil”, acrescenta Sérgio Luz, representante da Fiocruz.
Sintomas da dengue
*febre alta, de 39 °C a 40 °C, de início abrupto;
*dor de cabeça;
*fraqueza;
*dores no corpo;
*dores nas articulações;
*dor no fundo dos olhos.
Ao perceber os sintomas deve procurar o serviço de saúde imediatamente.
Como prevenir
*evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
*mantenha lixeiras tampadas;
*deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
*plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
*trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
*mantenha ralos fechados e desentupidos;
*lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
*retire a água acumulada em lajes;
*mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
*evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
*denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
*caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Os agentes de endemias estão vacinados contra a Covid-19, estão uniformizados e identificados com crachás com os logos da Prefeitura e do Programa de Combate à Dengue.
Em caso de dúvidas, a população pode entrar em contato com o setor pelo telefone (47) 3261-6264 para confirmar a visita. A equipe atende denúncias feitas à Ouvidoria Municipal, pelos telefones (47) 3267-7024, 0800 644 3388, ou WhatsApp (47) 99982-1979.