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Balneário Camboriú

Do Jeca Tatu ao ChatGPT o desafio é despertar consciência sobre saneamento básico

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Em meados dos anos 1910 se tornou popular no Brasil o “Jeca Tatu”, criado pelo escritor Monteiro Lobato, que  simbolizava a população brasileira, descrita como ignorante, indolente e suja.

Com o surgimento do Movimento Higienista-Sanitarista, entre médicos de São Paulo, Lobato altera sua visão do povo brasileiro e passa a enxergá-lo como adoentado, incapaz de trabalhar e progredir. 

Em 1918, surge o livro “Saneamento do Brasil: sanear o Brasil é povoal-o, é enriquecel-o, é moralisal-o” do médico sanitarista Belisario Penna que influenciaria Lobato em seu livro seguinte, “Problema Vital”.

Reprodução

Em “Problema Vital”, Lobato usa uma frase que se tornaria célebre: “O Jeca não é assim, ele está assim”, atribuindo ao descaso do poder público com o saneamento básico as condições insalubres que tanto afetaram a vida do personagem.

Monteiro Lobato foi famoso e Jeca Tatu extremamente popular, por ilustrar livros de propaganda de medicamentos distribuídos aos milhões em escolas e farmácias de todo o País.

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Ele também foi personagem de filme, interpretado por Mazzaropi, que arrastava multidões aos cinemas numa época em que a televisão no Brasil ainda não conhecera sua primeira transmissão.

Reprodução.

Ao longo das décadas seguintes, apesar da propagação maciça em favor do saneamento básico como diferencial civilizatório, o brasileiro não foi capaz de compreender sua importância e continua dispensando pouco caso à necessidade da existência das redes de água e esgoto.

Parece ser regra valorizar prefeitos e governadores pelas avenidas e estradas que asfaltaram, em vez dos canos que enterraram; talvez por isso quase 50% dos brasileiros não tenham acesso a redes de esgoto. 

Se um professor atual, um século depois do almanaque do Jeca Tatu, pedisse aos seus alunos que pesquisassem, numa plataforma de inteligência artificial, sobre os malefícios da falta de saneamento, receberia uma copiosa resposta focada em saúde, meio ambiente, economia e até no patrimônio das pessoas:

A falta de saneamento básico pode ter uma série de malefícios significativos para a saúde, o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas. Alguns dos principais malefícios incluem:

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  • Doenças transmitidas pela água: A água contaminada por esgoto e resíduos humanos pode transmitir uma série de doenças, incluindo cólera, disenteria, febre tifoide, hepatite A e infecções parasitárias. Isso pode levar a surtos de doenças e uma alta taxa de morbidade e mortalidade.
  • Poluição ambiental: A falta de saneamento adequado pode resultar na poluição de rios, lagos e mares, causando danos ao ecossistema aquático e afetando a fauna e a flora. Também pode contaminar o solo e comprometer a qualidade da água potável.
  • Problemas de saúde pública: A exposição constante a condições insalubres de saneamento pode levar a uma série de problemas de saúde crônicos, como infecções gastrointestinais, desnutrição, anemia e agravamento de condições médicas preexistentes.
  • Mortalidade infantil: A falta de acesso à água potável limpa e saneamento adequado está associada a uma alta taxa de mortalidade infantil, pois as crianças são particularmente suscetíveis a doenças transmitidas pela água.
  • Impacto na qualidade de vida: A ausência de saneamento básico afeta a qualidade de vida das pessoas, pois torna as condições de vida insalubres e desconfortáveis. Além disso, as pessoas muitas vezes precisam percorrer longas distâncias para obter água potável, o que pode ser fisicamente desgastante e consumir muito tempo.
  • Impactos econômicos: A falta de saneamento pode prejudicar o desenvolvimento econômico de uma região, uma vez que as doenças relacionadas à falta de saneamento podem resultar em altos custos de saúde, absenteísmo no trabalho e baixa produtividade.
  • Desigualdade: A falta de saneamento muitas vezes afeta desproporcionalmente as comunidades mais pobres e marginalizadas, perpetuando a desigualdade e a exclusão social.
  • Impactos no turismo: Áreas sem saneamento adequado podem afastar o turismo, afetando a economia local.
  • Risco de desastres naturais: A falta de saneamento pode aumentar o risco de desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra, devido à falta de infraestrutura adequada para gerenciar o escoamento de água.
  • Degradar a dignidade humana: A falta de saneamento afeta a dignidade das pessoas, pois muitas vezes são forçadas a viver em condições precárias e insalubres (ChatGPT)“.

O mau exemplo em Balneário Camboriú

Balneário Camboriú se destaca no Brasil pela rede de esgotos, pois praticamente 100% da cidade possui o sistema, mas apesar disso continua convivendo, há mais de duas décadas, com a poluição no Rio Marambaia, um estreito canal que serpenteia pela região central e pode servir como medida da irresponsabilidade social de parte dos moradores.

A rede de esgotos foi implantada no Centro de Balneário quase 50 anos atrás, e mesmo sendo esse o bairro mais relevante em população e poder aquisitivo, a fiscalização continua descobrindo esgotos clandestinos até os dias atuais.

A cidade possui leis de saneamento desde sua emancipação e, em 2019, elas se tornaram mais rigorosas, com a obrigatoriedade da Declaração de Regularidade Sanitária, para todas as edificações, exceto as unifamiliares (casas), com multas de dezenas de milhares de reais, no caso dos edifícios. 

Nem isso adiantou, o prazo para entrega da Declaração venceu seis meses depois, foi prorrogado quatro vezes (em parte por causa da pandemia) e, neste momento, dos 7.333 imóveis que deveriam apresentar o documento, 4.077 (56%) não o fizeram. 

Manifestações de moradores para reclamar do mau cheiro no Rio Marambaia coincidiram com a descoberta de edifícios despejando esgoto clandestino neste mesmo rio.

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Em uma ocasião, registrada por este jornal, um hoteleiro que foi multado por jogar esgoto cloacal no pluvial, apareceu dias depois portando faixa de protesto em relação à poluição do Marambaia que ele mesmo ajudou a poluir.

É um comportamento difícil de compreender, pois a região central de Balneário Camboriú tem em média o metro quadrado mais caro do Brasil.

Talvez, uma resposta seja a fornecida pelo ChatGP, quando indagado a respeito:

“O comportamento antissocial é um padrão de conduta no qual uma pessoa age de forma contrária às normas sociais e viola os direitos dos outros. Esse comportamento pode ser prejudicial para a sociedade e para as pessoas ao redor do indivíduo que o exibe“.

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