Durante os meses mais frios do ano, doenças respiratórias e gripe costumam acometer as pessoas. Após a pandemia de Covid-19, o público parece mais consciente, mas os cuidados precisam continuar.
Em Balneário Camboriú, os atendimentos aumentaram – somente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro das Nações, foram registrados nos últimos 30 dias mais de 8,7 mil atendimentos e no Pronto Atendimento (PA) do Bairro da Barra foram mais 6,4 mil.
As doenças mais comuns no inverno, além da Influenza, são rinite alérgica, asma, sinusite, exacerbações de bronquite crônica, DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica), enfisema pulmonar e pneumonias.
Sem casos graves, mas prevenção é importante
Segundo a gestora da UPA Nações e do PA da Barra, Aline Leal, logo após a temporada houve aumento nos casos de dengue (que já diminuíram), e depois veio o aumento nos casos de gripe e Influenza. Dos mais de 8.755 atendimentos na UPA e dos 6.428 no PA nos últimos 30 dias, ela estima que quase 40% são de problemas respiratórios e/ou Influenza.
“Atendemos realmente muitos casos, mas em 2022 houve épocas mais frias, foi um inverno mais rigoroso, ainda assim percebemos que a demanda segue alta, mas não houve casos graves, como internações ou óbitos por causa de Influenza”, afirmou.
Aline disse que diariamente trabalham nas unidades de saúde, para prevenir as doenças e também servir de exemplo para os pacientes, como manter as janelas abertas, ter um fluxo ativo de limpeza e higiene constante.
“Mas vejo que a população está um pouco mais orientada. Se chegam gripados, vêm de máscara, o que é um reflexo positivo da pandemia; e as pessoas também estão se vacinando”, comentou.
Dicas para evitar gripe
A gestora salientou ainda que também buscam orientar pais sobre a gripe, já que boa parte de quem possui síndromes respiratórias são crianças – solicitando que se o filho estiver gripado, não leve para a escola, evitando assim ‘contaminação em massa’.
“Solicitamos que a população mantenha-se hidratada e tenha uma dieta saudável, além de ser muito positivo pegar sol, porque a vitamina D é muito importante, assim como fazer exercícios, manter a higiene das mãos e, se estiver com quadro gripal, usar máscara. Se a pessoa tem boa saúde, não fica doente”, acrescentou.
Tratamento homeopático para doenças respiratórias
Aline explicou que quem tem rinite crônica, por exemplo, costuma ter mais crises durante o inverno, e uma dica que ela dá é voltada para o tratamento – que deve ser durante o ano todo.
“Assim evita-se de precisar sempre tomar remédio. Há tratamentos homeopáticos que dão muito resultado para doenças respiratórias e super funcionam, diminuindo crises e complicações”, completou.
Há diversos homeopáticos para a rinite, que visam estimular o organismo a reagir de forma equilibrada, fortalecendo as defesas naturais do corpo.
Um dos mais conhecidos é o Allium cepa, preparado a partir da cebola e que tem ação específica na melhora dos sintomas da rinite, como a coriza e irritação.
Outro é o Sabadilla, obtido a partir da planta Cevadilla, que auxilia em sintomas como espirros frequentes, coceira no nariz e na garganta.
Nutricionista aponta importância da vitamina D
A nutricionista Andressa Sampaio explica que algo muito positivo durante todo o ano, mas que exige atenção redobrada no inverno, é o contato com a luz solar.
“Apesar das radiações UVA e UVB serem apontadas como grandes ‘vilãs’, elas também são as maiores fornecedoras de Vitamina D. Porém, deve ser usado com total moderação, e cada cor da pele tem um tempo ideal para esta exposição. Quanto mais clara a pessoa for, mais fácil é a absorção da vitamina D, sendo assim, menos tempo ela deve se expor ao sol”, diz.
A nutricionista aponta que a vitamina D aumenta a absorção de cálcio no intestino delgado, favorecendo na formação dos ossos.
“Na ausência da vitamina D, a concentração de cálcio diminui no organismo e aumenta o risco de doenças ósseas como osteoporose, artrite, artrose, raquitismo em crianças e, durante a gestação, pode causar osteomalácia na mulher e raquitismo no bebê”, acrescenta.
Ela citou que há também outras alternativas que podem auxiliar na reposição da vitamina D, como suplementos ou alimentação.
“No caso dos adultos, as necessidades diárias variam de 400 UI (Unidades Internacionais) a 2.000 UI. Já as principais fontes alimentares são os óleos de fígado de peixes, alimentos derivados do leite como manteiga e queijos, ovos, e margarinas enriquecidas. O peixe mais recomendado é a sardinha – pois ela tem uma maior quantidade de ômega 3, cálcio e vitamina D. Além de ter o preço mais acessível, é fácil de ser encontrada nas peixarias, sem ser enlatada”, completa.