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Balneário Camboriú
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Infectologista fala sobre situação da varíola dos macacos: principal transmissão é pelo contato com as feridas

‘Relacionar a orientação sexual com o vírus não faz qualquer sentido’, diz especialista de Balneário Camboriú

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O primeiro caso de varíola dos macacos (Monkeypox) foi confirmado em Balneário Camboriú no sábado (6), mas há pelo menos cinco outros casos sendo investigados. 

A médica infectologista Rosalie Knoll falou sobre a zoonose (uma doença de origem animal transmitida para humanos) e como evitar o contágio deste vírus infectocontagioso. Acompanhe.

Monkeypox nada tem a ver com a orientação sexual

A médica destacou que participou recentemente de um evento com profissionais da área da saúde de todo o Brasil sobre a Monkeypox, e salienta que, apesar de muitos homossexuais terem contraído, a zoonose nada tem a ver com a orientação sexual das pessoas.

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Inclusive essa fake news traz um problema já observado historicamente, quando surgiram os primeiros casos de HIV. Na década de 80 era chamada por diversos nomes errôneos, pejorativos e preconceituosos. 

“A Monkeypox pode ter ocorrido entre homossexuais, mas não é exclusiva dessas pessoas, tanto que o primeiro caso em SC foi em uma mulher. A doença é transmitida principalmente através do contato, incluindo relações sexuais, mas relacionar a orientação sexual com o vírus não faz qualquer sentido”, afirma.

Como ocorre a transmissão

Rosalie cita que não se trata de uma infecção sexualmente transmissível, mas que pode se espalhar pelo contato íntimo quando existe erupção cutânea ativa (ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais). 

Também é possível contrair por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis, da mãe para o feto ou para o bebê e pela saliva (através de úlceras, lesões ou feridas na boca). 

“A transmissão acontece principalmente através do contato com as lesões, que podem aparecer em qualquer lugar do corpo, como mãos, cabeça e genitais. É complexo porque a lesão pode ser confundida com outras infecções, como pelo encravado, espinha ou até herpes, e assim atrasar o diagnóstico”, acrescenta. Por isso, é tão importante que quem tenha algum tipo de lesão, procure testar.

Casos suspeitos de Balneário são analisados pelo LACEN/SC

Hoje, em Balneário, os casos suspeitos são coletados e as amostras encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC), de Florianópolis. 

“Se for Monkeypox, a pessoa vai se isolar entre 14 e 21 dias. Também serão investigadas as pessoas que convivem com ela, para ver se também contraíram a doença. Em Balneário há um confirmado e pelo menos cinco em investigação, além de quatro de pessoas que estiveram aqui, mas normalmente é quem viajou, porque ainda não tem caso autóctone”, pontua.

Transmissão é mais restrita, mas exige atenção

Muitas pessoas questionam se há chance da Monkeypox se tornar uma pandemia como o Covid-19, mas a médica analisa que isso é difícil. 

“A transmissão é mais restrita. O Covid é pela gotícula, muito mais transmissível, tanto que o número de casos (mais de 2,4 mil no Brasil e 22 confirmados, além de 104 em investigação) também é bem menor do que era com o Covid. Mas é importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas, que começa com algo parecido com uma virose (febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, calafrios e exaustão) e aí surgem as lesões, que podem aparecer em vários locais do corpo”, completa.

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