Ainda faltam 143 municípios de Santa Catarina responderem ao questionário elaborado pelo movimento nacional Unidos pela Vacina, liderado pela empresária Luiza Trajano, para que todas as 295 cidades catarinenses estejam integradas nesta ação que tem como meta vacinar toda a população brasileira até setembro.
Esse número foi revelado numa live realizada nesta sexta-feira com integrantes do movimento Mulheres do Brasil, empresários paulistas e catarinenses, Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Associação Paulista de Municípios (APM), tendo como um dos principais articuladores o catarinense Vinícius Lummertz, atual secretário de Turismo do Estado de São Paulo.
Em Santa Catarina, a liderança do movimento é da empresária Sônia Regina Hess de Souza.
Lummertz destacou a importância do movimento Unidos pela Vacina – que segue todas as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde – para obtenção de novas vacinas além daquela que está sendo produzida pelo Instituto Butantan “para que possamos realmente fazer uma cobertura vacinal ágil e eficaz em todo o país”. Disse que o movimento mostra que o Brasil “busca se levantar à sua própria altura” e lembrou o verso do poeta catarinense Lindolf Bell: “Menor que meu sonho não posso ser”.
O presidente da Fecam, Clenilton Pereira, garantiu que até terça-feira, no máximo, todos os municípios de Santa Catarina terão respondido o questionário, que traz questões fundamentais como as condições das salas de vacinação, caixas térmicas com termômetro, câmaras frias e geladeiras, internet e drive thru, que são essenciais para fazer a vacinação adequadamente.
A empresária Maria Fernanda Rocha, uma das líderes do movimento Unidos pela Vacina, revelou grande preocupação com as respostas que já foram dadas por 152 cidades catarinenses com relação à existência desses equipamentos. “Por exemplo, só 65% responderam que têm câmaras frias ou geladeiras adequadas para armazenar vacinas”.
Maria Fernanda se disse também preocupada com o ritmo da vacinação no estado. “Até sexta-feira passada, Santa Catarina tinha recebido 583 mil doses e 85% tinham sido distribuídas às cidades. Porém, desses 85% somente 59,2% haviam sido aplicadas. Não sabemos a razão”.
Já a empresária catarinense Ana Cristina Blasi, que juntamente com o advogado João Martinelli faz parte da liderança do movimento em Santa Catarina, revelou outras dificuldades, inclusive de prefeitos não querendo responder o questionário porque acham que conflita com as ações da Fecam. Maria Cristina informou ainda que nos próximos dias estará com o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, para conseguir a adesão da entidade.
O consultor da Fecam e médico Jailson Lima garantiu que a até o início da semana que vem os prefeitos e secretários de saúde municipais que não responderam ao questionário serão contatados e o estado terá adesão integral.
Para o presidente da Associação Paulista de Municípios, Fred Guidoni, “a integração de ações pela vacina entre Santa Catarina e São Paulo vem sendo articulada pelo secretário Vinícius Lummertz desde novembro e acabou por unir definitivamente o movimento municipalista dos dois estados, que agora trabalham sempre com ações conjuntas e com troca de projetos e experiências “.