Um leitor procurou o jornal Página 3 para denunciar que no terreno onde era o CIEP Rodesindo Pavan, na Rua Dom Abelardo, no Bairro Vila Real, tem uma ‘lagoa’ de água parada que não seca.
A comunidade está preocupada com a possibilidade de proliferar ali o Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue. A cidade tem hoje 418 focos positivos.
O morador explicou que a região já está com problemas de dengue e, com o descaso do terreno, o poder público pode estar colaborando ‘para que o mosquito se prolifere’. Ele aproveitou para opinar também sobre a demolição do CIEP.
“Este que foi demolido pela prefeitura sem o devido cuidado com a manipulação do amianto, o desmonte foi feito em finais de semana para as pessoas não verem o material descartado. Não sei se foi para local apropriado, já que haviam boatos que as telhas seriam reutilizadas em outros locais”, disse.
Terreno será limpo
O jornal procurou a diretora do departamento de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Veridiane Barbosa da Silva, que descartou o risco de proliferação do Aedes aegypti.
“Tendo em vista que não há onde a fêmea fazer a postura e depositar seus ovos. Porém, dada a situação, a demanda será encaminhada à Secretaria de Obras para limpeza do terreno. Reforço à população que autorize a entrada dos agentes de combate às endemias em suas residências e locais de trabalho para visita de inspeção e que a população cuide com os cuidados básicos como, por exemplo: manter o quintal limpo, livre de qualquer depósito que possa acumular água, colocando areia nos pratinhos de plantas, vedando as caixas d’água, fazendo a manutenção das calhas, piscina devidamente limpa e tratada e etc.”, explicou.
A diretora informou que recentemente foi realizado um levantamento de índice rápido (LIRA) para o Aedes aegypti em todo o município e Balneário Camboriú foi classificado como de alto risco de transmissão.
Hoje, a cidade tem 20 casos de dengue autóctones, 14 indeterminados, três importados e oito em investigação; já de Chikungunya há um (importado).
Secretário de Educação também opinou: há planos para o terreno do CIEP
O secretário de Educação de Balneário Camboriú, Marcelo Achutti, disse que querem fazer uma intervenção no terreno do CIEP, planá-lo e colocar areia, para evitar situações como essa.
“Temos um projeto para o local, incluindo a utilização do ginásio de esportes. Queremos reformar ele. Com menos de R$ 80 mil conseguimos deixá-lo apto para ser utilizado pela comunidade. Já temos o projeto arquitetônico pronto, mas enquanto não licitamos, queremos jogar areia no terreno e cuidar do local”, comentou.
Sobre os materiais demolidos e que poderiam ser utilizados pela Educação, Achutti informou que isso aconteceu.
“Grande parte do material, sem amianto, foi para a secretaria. Não posso dizer que tudo foi reutilizado da forma correta porque eu não estava na secretaria quando a demolição aconteceu, mas houve reutilização de cobertura de estrutura metálica no NEI Brilho do Sol, por exemplo”, completou.