Nesta sexta-feira (1) é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids e em Balneário Camboriú a Secretaria de Saúde, por meio do Centro Integrado de Solidariedade e Saúde (CISS), optou por focar na capacitação dos profissionais que lidam com pacientes com HIV.
Atualmente cerca de 47 mil pessoas vivem com HIV em Santa Catarina e deste total, 99,5% realizam tratamento com antirretrovirais.
Já em Balneário Camboriú, o Programa Municipal IST/ HIV/ AIDS e HV estima que há mais de três mil pessoas que são acompanhadas.
Atendimentos em BC de JAN a NOV/2023: 7265
Nº de testes realizados até hoje 15.309
Média de 1.400 testes mês
Desde 2022, o CISS de Balneário Camboriú realizou mais de 20 mil atendimentos, incluindo atendimentos dos Programas de Tuberculose e de Hepatites Virais. Já o CTA prestou mais de 6 mil atendimentos desde 2022, divididos entre testagem para HIV, sífilis e hepatites B e C.
Até novembro, SC notificou 2,7 mil novos casos
Em Santa Catarina os casos de HIV/Aids mantêm estabilidade. Em 2021 foram notificados 3.562 novos casos, em 2022 foram 3.468 e, em 2023, até o mês de novembro, foram 2.746.
Os adultos com idade entre 20 e 29 anos são os mais infectados, seguido da faixa etária de 30 a 39 anos.
Com relação ao sexo, no ano de 2022, 1.555 homens foram infectados pelo vírus HIV e 679 mulheres.
O Estado distribuiu, somente em 2023, mais de 10,4 milhões de preservativos masculinos e femininos para os municípios catarinenses.
Programação em Balneário Camboriú
Nesta semana ocorreu um um workshop no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em alusão ao Dezembro Vermelho.
Na próxima semana a ação será feita diretamente nas unidades de saúde, focando em todos os novos profissionais de saúde do município (nas UBS, no Núcleo de Atenção ao Idoso, no Centro de Atenção Álcool e Drogas, no Núcleo de Atenção à Mulher, entre outras redes de saúde da cidade.
A capacitação tem como tema principal o papel do CISS no tratamento de pacientes que convivem com HIV.
O workshop também abordará temas como hanseníase (doença infecciosa crônica e curável que causa lesões de pele e danos aos nervos), toxoplasmose na gestação (doença que pode causar complicações para gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado) e telemedicina na infectologia.
Importância da prevenção
O HIV/Aids é uma doença que pode ser evitada através de diversos métodos de prevenção, como explica a médica infectologista e gerente de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Regina Valim. “Nos dias atuais a prevenção combinada é o método mais recomendado para evitar a infecção pelo vírus HIV e o desenvolvimento da Aids. A camisinha continua sendo a maneira mais acessível e eficaz de evitar não só o HIV, mas também outras ISTs, mas além dela existem outras formas de prevenir a infecção, como a Profilaxia Pré-Exposição, a testagem e o tratamento.
Pessoas em tratamento ficam com a carga viral indetectável, ou seja, não transmitem o vírus para outras pessoas e nem para os bebês, no caso das gestantes”, comenta.
Métodos de prevenção que podem ser combinados

Camisinha: a camisinha masculina ou feminina deve ser utilizada em todas as relações sexuais. Os preservativos estão disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde para toda a população.
Profilaxia Pré-Exposição ao HIV: indicada para aquelas pessoas com parceiros soropositivos, por exemplo. Consiste na ingestão diária de um comprimido que impede que o HIV infecte o organismo antes mesmo da pessoa ter contato com o vírus.
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV: indicada para pessoas que passaram por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha ou ter sofrido um abuso sexual. Consiste no uso de medicamento em até 72 horas após a exposição, devendo ser continuado por 28 dias.
Testagem: os testes para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis devem ser realizados regularmente. Existem testes rápidos que podem ser feitos nas unidades básicas de saúde de forma segura e sigilosa e ficam prontos em até 30 minutos. Gestantes devem ser testadas para o HIV durante o pré-natal e no momento do parto para evitar a transmissão do vírus para o bebê.
Tratamento: o tratamento da pessoa que vive com HIV é essencial para evitar o desenvolvimento da Aids. Se realizado de forma correta, o tratamento faz com que a pessoa fique com a carga viral indetectável, ou seja, intransmissível.
Todos os métodos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).