O secretário municipal de Saúde de Balneário Camboriú, Omar Tomalih, acusou a imprensa de Florianópolis de “abrir uma guerra” e “denegrir” Balneário Camboriú ao noticiar o fato (verdadeiro) de que a praia central está imprópria para banho.
Omar também alegou que a poluição da praia central decorre do Instituto do Meio Ambiente (IMA) coletar amostras da água do mar após chuvas fortes, o que é verdade, mas omitiu que, com chuva ou sem chuva, pelo menos 70% dos locais de coleta apresentam poluição, há mais de dois anos, devido a falhas no sistema de tratamento que entrou em colapso.
O colapso na estação de tratamento é fato notório, objeto de sucessivas multas por parte do IMA e ajustes de conduta com o Ministério Público.
No momento a Emasa tenta, através de uma obra emergencial, recuperar o sistema de tratamento, o que parece improvável de ocorrer até o final de janeiro.
O que o secretário de Saúde chamou de “imprensa de Florianópolis”, na verdade é o G1(https://g1.globo.com/), um canal nacional de notícias, com recortes regionais. A reportagem foi produzida por Joana Caldas, que escreve sobre diversas cidades catarinenses.
Omar Tomalih é pré-candidato a prefeito e sua fala provavelmente visou agradar a parte do eleitorado, mas principalmente ao prefeito, que vai escolher o candidato à sua sucessão e, ao final das contas, é o principal responsável pelo desastre do esgoto, já que ele nomeia e comanda a direção da Emasa.
Tomalih é secretário de Saúde e não pode divulgar informações falsas que colocam em risco a saúde das pessoas.