Balneário Camboriú, Itajaí e cidades vizinhas se encaminham para um novo caos de saúde pública em decorrência da falta de cuidados das autoridades e população para evitar a contaminação pelo SARS-CoV2, o vírus da covid-19.
O Hospital Marieta, em Itajaí, tem 55 pacientes na UTI e 27 em isolamento, restando apenas 15 leitos vagos no tratamento intensivo.
A UTI do Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, está lotada, tem apenas três leitos disponíveis.
O principal hospital privado da região, o da Unimed Litoral, em Balneário Camboriú, estava neste domingo com 17 pacientes na UTI e apenas um leito disponível.
Em contrapartida, a vacinação está quase paralisada, ainda não conseguiu superar a etapa de vacinar os profissionais de saúde e as pessoas com mais de 90 anos.
Com 223.000 habitantes, Itajaí vacinou 3.728 pessoas e em Balneário Camboriú a vacina só chegou a 2.983 dos seus 145.000 moradores.
As aglomerações são constantes, em especial em Itajaí onde a prefeitura fechou os olhos para os abusos, mas eles ocorrem também em Balneário Camboriú apesar da repressão mais ativa nos últimos dias.
Praticamente todo o Estado vive uma situação caótica, com classificação gravíssima para a doença em 15 das 16 regiões, mas é aqui na região da Amfri que a pandemia bate recordes, devido ao relaxamento de medidas sanitárias após as eleições e da falta de cuidados com as festas de final de ano e temporada de verão.
Morreram em Bombinhas, desde 20 de dezembro, 14 pessoas contra as 15 que haviam morrido ao longo dos nove meses anteriores de pandemia.
Somados, Balneário Camboriú, Itajaí e Itapema tiveram 184 mortes em apenas 75 dias, o que representa 28% de todas as mortes por covid-19 desde o início da pandemia.