Moradores do Bairro dos Municípios, incluindo uma leitora do Página 3 (relembre aqui), solicitaram maior segurança nos arredores da passarela da Rua Angelina, o que foi atendido pela Guarda Municipal nesta semana.
O secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Antônio Gabriel Castanheira Júnior, explicou que a atenção à passarela da Rua Angelina era uma demanda dos moradores e estava no planejamento da Guarda Municipal, que pauta operações de acordo com as necessidades das pessoas.
“Fizemos um cerco no entorno da passarela, onde está tendo concentração de moradores de rua e tráfico de drogas. A passarela também está pichada e, mesmo sendo de responsabilidade da Arteris Litoral Sul, porque cruza a BR-101, nós vamos buscar um jeito de resolver isso também”, afirmou.

Castanheira disse ainda que fizeram muitas abordagens nos arredores da passarela e que a operação que lá acontece, a Ostensivo na Rua, havia iniciado no Bairro dos Municípios, ido para o Centro e agora voltou para o bairro.
“Estamos nos concentrando na região da passarela da Rua Angelina, para dar uma ‘sufocada’ no crime que ali acontece e percebemos que o entorno já limpou, mas é aquela coisa, limpa, mas temos que manter a presença durante algum tempo para que não se re-estabeleçam. Os traficantes não ficam presos, então temos que trabalhar com a tática de saturar o local para que se movimentem um pouco e não tornem o lugar uma cracolândia. Se deixarmos, ali se instala uma cracolândia”, pontuou.
Aumento no número de moradores de rua
O secretário disse que aumentou o número de moradores de rua na cidade e que isso se deu porque não podem mais conduzir compulsoriamente as pessoas em situação de rua, que agora só podem ser encaminhadas para Casa de Passagem ou tratamento do vício em drogas se a pessoa querer e é poucos que querem, por conta da dependência das drogas.
“É visível que aumentou (moradores de rua). O meu entendimento diante disso é que acham que eles devem ficar na rua usando drogas – isso me assusta, porque não podemos conduzir compulsoriamente e isso quer dizer que podem ficar na rua usando drogas. Só podemos fazer algo se cometem crime em flagrante ou tem mandado de prisão (se está foragido da justiça)”, afirmou.
Mais ações previstas
Castanheira comentou ainda que estão fazendo mais operações pela cidade, em parceria com outras secretarias e também com a Polícia Militar.
“Temos visão estratégica de cada bairro – sabemos em quais ruas devemos ir, quais bares e conveniências suspeitos que não tem alvará. A pedido do prefeito Fabrício Oliveira e com união de esforços, estamos fazendo ações, como a Lei e Ordem, que vinha sendo desenhada há cerca de sete meses, com reuniões entre mim, PM e prefeito também, explicando como aconteceria, para que quando fosse executada, fosse da maneira correta, e não de forma amadora. Estava tudo mapeado, para que o poder público, com várias secretarias, pudesse agir trazendo um resultado satisfatório para a população”, afirmou.
Castanheira ainda vem se reunindo com as secretarias de Fazenda e Compras e também com a Procuradoria para analisar situações que exigem mudanças na legislação, como a demanda dos terrenos baldios, que não são cuidados pelos donos, causando insegurança e problemas de saúde. A ideia é que a prefeitura limpe, cerque e se necessário faça a demolição de construções abandonadas, com o custo sendo cobrado do proprietário.