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Caso Indira: Irmã faz apelo para que mulheres se protejam e não se transformem em estatística de Feminicídio

A médica Céres Felski, irmã da técnica judiciária Indira Mihara Felski Krieger, 35 anos, morta em seu apartamento em Itajaí no último dia 8, pediu afastamento temporário do programa municipal Abraço à Mulher de Balneário Camboriú, onde atendia vítimas de violência e, aos poucos, está retomando suas funções como diretora do Hospital Municipal Ruth Cardoso.

Ela disse que está sem força para seguir atendendo mulheres que sofrem violência doméstica, de todos os tipos, porque nunca imaginou que enfrentaria o problema em sua família.

Indira foi asfixiada e o suspeito é o namorado Leonardo Trainotti, 28 anos, com quem se relacionava há quatro meses.

O homem foi visto saindo do apartamento de Indira com o carro da vítima. Ela foi encontrada por familiares já sem vida. O suspeito foi preso na segunda-feira (10), quando se apresentou à Polícia Civil de Balneário Camboriú. Mas ficou em silêncio em seu depoimento.

A Polícia investiga a motivação do crime, segue ouvindo familiares e trata o caso como Feminicídio.

Acompanhe o depoimento da médica Céres Felski, que faz um forte apelo para as mulheres e suas famílias:

“Há alguns anos, participei em Itajaí da organização de um ato público contra o estupro. Ali começou minha história.

Algum tempo depois, a prefeitura de Balneário Camboriú lançou o Abraço à Vida, destinado a atender pessoas com ideação suicida.

Sendo funcionária pública, o apelo do coração foi mais forte e pedi para ser transferida para o programa.

Pouco tempo depois surgiu o Abraço à Mulher, porque tínhamos muitos casos de violência contra a mulher em suas várias formas. E eu permaneci no programa, atendendo todos os tipos de casos.

Por que falo tudo isso?

Porque nada disso me preparou para passar por isto em casa. Nada. Absolutamente nada.

Choro enquanto escrevo, porque não vi em nenhum momento que minha irmã estivesse vivendo uma relação abusiva.

Ela não apresentou ele para gente.

Eu também não apresento para família, antes de considerar sério.

Eu, como a maioria das pessoas, não sabia o que se passava dentro da casa de minha irmã.

E como todos nós, respeito a privacidade dos outros.

Agora aconteceu.

Infelizmente minha irmã caçula se tornou uma estatística nojenta criada pela mentalidade doentia de homens que se julgam donos das mulheres.

Mulheres, pelo amor de Deus, empoderem suas filhas para que elas não confundam qualquer migalha com amor.

Mulheres, adquiram o hábito de mandar mensagem de voz para que suas famílias saibam que é vocês.

E, tenham a certeza de que a solidão pode ser uma benção maior do que vocês imaginam.

Eu seguirei, porque sou obrigada a continuar lutando em defesa da vida, especialmente da vida da mulher”.

#justiçaporIndira

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