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Balneário Camboriú
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Integração das forças da segurança é tema de reunião: “Precisamos fazer algo”, diz presidente do CONSEG

Na quinta-feira (27) aconteceram duas reuniões entre as forças da segurança de Balneário Camboriú. À tarde uma solicitada pelo vereador Anderson Santos junto do prefeito Fabrício Oliveira, e à noite uma online somente entre os órgãos envolvidos com a segurança municipal. 

O presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Balneário Camboriú (CONSEG/BC), o advogado Valdir de Andrade, demonstrou preocupação com a integração, principalmente por parte da Guarda Municipal. O Secretário de Segurança, Antônio Gabriel Castanheira Junior, opinou sobre a situação. Confira. 

Fiscalização náutica foi discutida à tarde 

Na reunião realizada à tarde reunião para falar sobre a fiscalização marítima, Valdir disse que a ideia é que Balneário tenha fiscais náuticos, através de um convênio com a Marinha. 

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“Pode ser feito de forma integrada, podemos treinar todos os agentes de segurança, que terão poder de polícia fiscalizadora a nível náutico, mas o secretário Castanheira pareceu preocupado em tirar os guardas municipais das ruas para fazer isso. Ele quer que a Guarda vire uma polícia judiciária, uma Polícia Civil, é a tendência dele, ajudando nas investigações, etc. Eu sou a favor de que todos devem fazer tudo e por isso estou tentando reeditar o termo de cooperação técnica, que une as forças de segurança, pois se eles dividem tarefas, conseguem atender mais ocorrências, e hoje está faltando sintonia”, afirma. 

Governo não participou do encontro da segurança 

Apesar de terem sido convidados, o prefeito Fabrício Oliveira e o secretário Castanheira não participaram da reunião mensal sobre segurança, que ocorreu à noite de forma online.

“Estamos tentando ajudar, mas a situação está ‘meio no ar’. Sento com o prefeito e ele diz que quer nivelar a segurança por cima, mas depois não conseguimos mais conversar. O Plano Municipal de Segurança foi arquivado, estou pedindo reedição. Temos que ter um planejamento. Aconteceu a Operação Saturação, ok, mas e aí? Qual foi o prosseguimento?”, diz. 

Microcrimes

O tema da reunião da segurança foram os microcrimes – como furtos e a situação dos moradores de rua, com uso de drogas, etc. 

“Não estão fazendo nada sobre isso, tem furto acontecendo em prédios da cidade, uso de drogas na Avenida Atlântica, criminosos travestidos de mendigos cometendo crimes, há a questão da receptação do alumínio e vidro que os moradores de rua furtam. Esses microcrimes tiram a paz social, com os mendigos estamos tendo uma verdadeira legião de zumbis”, enfatizou Valdir. Ele acrescenta que entende a importância do alargamento da faixa de areia, mas que há outras coisas que a prefeitura também precisa priorizar. 

“Parece uma embriaguez sórdida com essa obra, o suprassumo da laranja, mas não podemos parar a cidade por conta do alargamento da faixa de areia! Não gostamos de conversa fiada e queremos cumprir a tarefa da segurança também”, explica.

Integração só no papel

Segundo Valdir, a PM e a Polícia Civil estão trabalhando em conjunto, mas percebe a Guarda Municipal um pouco mais distante. 

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“O município parece estar de lado, e é quem deveria ser o mais interessado em unir as forças da segurança. Há a situação das câmeras de segurança, que a GM tem um projeto solo, diferente do nosso, e deveria haver uma conversa única. Hoje, a integração está só no papel, não sentamos para conversar, não discutimos ações a serem adotadas e não podemos nos isolar. Queremos e precisamos trabalhar juntos, e hoje o que está dificultando é o município. O prefeito deveria ser o ‘grande maestro’ disso tudo, dependemos dele, se ele quer manter o status de destaque a nível de segurança, precisa fazer algo”, acrescenta. 

O que diz o secretário Castanheira 

Castanheira disse que a Guarda Municipal está indo ‘de vento em popa’ e que se preocupa com questões que são levadas ao prefeito quando se desenha a segurança pública. 

“Eu não gosto e não discuto segurança pública de maneira amadora. Vejo que para darmos passos maiores temos que consolidar o que estamos fazendo agora, e é com isso que estou me preocupando, é o que a Guarda está fazendo. A fiscalização náutica tem que acontecer sim, mas Guarda Municipal Náutica não dá. Como vamos tirar os guardas das ruas? Precisaríamos de lanchas, seria um gasto absurdo, e já temos gastos para manter determinados setores que são essenciais”, diz. 

O chefe da segurança municipal diz que entende a importância da fiscalização náutica, mas que realmente ‘criar uma GM Marítima não seria a forma correta’ de trabalhar isto. 

Sobre a integração com as demais forças da segurança, como a Polícia Militar, o secretário disse que ‘não tem nada alterado’ e que ambos os órgãos possuem estratégias de ação diferenciadas. 

“Quando precisamos, interagimos, trocamos informações, mas temos estratégias diferentes e maneiras diferentes de fazer as coisas, que acabam se complementando. Com pensamentos diferentes, há uma chance maior de chegar no acerto, tanto a PM quanto a Guarda aprendem uma com a outra. Prender bandido é a prioridade da Guarda, deixando a cidade mais tranquila, com conforto para a população, estamos sempre reavaliando e criando estratégias novas, mas complementar o trabalho que estamos fazendo”, afirma. 

Um ponto citado na reunião sobre segurança foram as câmeras da cidade, Valdir defende que as forças de segurança precisam acessar todas e assim trabalhar de forma integrada, e que a Secretaria de Segurança estaria atuando de forma isolada quanto a isso. 

“Na realidade, estamos com um projeto bem avançado nesse sentido e vamos seguir com ele porque está dando resultado, estamos prendendo, cumprindo mandados de prisão, não quero alertar ainda o que estamos fazendo, mas tem algo em andamento e que tem sido muito positivo”, explica Castanheira. 

Futuro: sede própria e aquisição de armas 

Algo muito debatido por Castanheira é a necessidade da sede própria da Secretaria de Segurança. Ele disse em entrevista ao Página 3 [relembre aqui] que queria fazer uma licitação para compra de armamento para a Guarda e conquistar a sede própria da Secretaria ainda neste primeiro semestre, mas por conta da pandemia isso terá que ser adiado mais uma vez. 

“Nossas despesas estão muito altas, com o dinheiro indo para a saúde, temos que ter frieza e decidir com a cabeça. O que desejo para a Guarda é fundamental, que é a sede, mas no momento estamos destinando o dinheiro para o que mais importa, que é a Saúde. O Governo do Estado não está cumprindo com algumas obrigações, e o município está se responsabilizando por tudo”, comenta. 

Segundo Castanheira, é preciso ‘elencar prioridades’, e atualmente as armas são mais importantes do que a sede e que estão se encaminhando para conseguir adquiri-las. 

“Ontem (27) após a reunião sobre fiscalização náutica fiquei na prefeitura e conversei com o prefeito Fabrício sobre vários assuntos e foi muito positivo, temos os mesmos pensamentos para a Segurança e estamos avançando”, acrescenta.

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