No final da tarde de quarta-feira (26), uma abordagem aconteceu na Avenida Atlântica de Balneário Camboriú, onde dois moradores de Camboriú informaram que foram tratados de forma violenta pela Polícia Militar. O Comando da PM se posicionou.
Versão das vítimas
Segundo as vítimas, B. e H., que residem em Camboriú, estavam trabalhando em um prédio na Rua 4.450 – eles são orçamentistas, e como estavam com a roupa suja decidiram se banhar no mar.
Assim que eles chegaram na areia, teriam vindo três policiais militares, que não teriam questionado nada (como nome ou apresentação de documentos).
De forma truculenta, os militares teriam agredido B. e H.. Um deles teve o nariz quebrado (o que teria sido causado pelo capacete de um dos PMs), que os agrediram com socos e tapas, além de terem utilizado spray de pimenta.
Um vídeo de B. e H. circula nas redes sociais, onde eles falam sobre o que aconteceu, relatando que não teriam feito nada para serem agredidos.
A Guarda Municipal esteve no local e os dois foram atendidos pelo SAMU.
O que diz a Polícia Militar
Através de nota, o Comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Balneário Camboriú, Tenente-Coronel Daniel Nunes da Silva disse que é o ‘maior interessado em encontrar todas as respostas’ e que tem convicção que o inquérito da PM ‘será o instrumento perfeito para alcançarmos o nosso anseio’.
“O respeito ao ordenamento jurídico vigente, a correção de atitudes e ao devido processo legal serão nossas maiores bandeiras, jamais agiremos de maneira precipitada, mesmo diante de casos aparentemente polêmicos.
Os motivos da abordagem, a forma de ação, o uso da força, as versões, a saída do local dos fatos pelas Guarnições, as provas testemunhais e materiais serão juntadas aos autos do IPM, o qual será remetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, não ficando apenas no âmbito do 12° BPM”, disse.
A Polícia Militar também enviou a ocorrência de seu ponto de vista, citando que os policiais que atenderam o caso informaram que os dois homens teriam ‘resistido ativamente’ a uma abordagem realizada, e que por isso teria sido necessário realizar o uso progressivo da força na ocorrência, ‘com a contenção ativa dos agentes, os quais teriam conseguido fugir não sendo qualificados’.
Considerando a denúncia de B. e H. e as versões apresentadas pelos policiais, o Comandante Daniel destacou que será instaurado o devido IPM (Inquérito Policial Militar), sendo que após a sua finalização, o procedimento será encaminhado ao Ministério Público para análise dos fatos.