Secretário de Segurança diz que é um problema sem solução, porque eles prendem, assinam Termo Circunstanciado e são liberados em seguida
Moradores do Centro de Balneário Camboriú, procuraram o jornal para denunciar o consumo de maconha por entregadores de um restaurante no centro da cidade. A situação estaria gerando incômodo há algum tempo.
O secretário de Segurança da cidade, Antônio Gabriel Castanheira Junior, também se manifestou sobre o caso.
O que dizem os moradores
Os moradores, que preferiram se manter anônimos, informaram que os entregadores ficam do outro lado da rua, onde fica o restaurante, fumando maconha.
Segundo um dos denunciantes, a situação gera muito incômodo e que o consumo da droga por parte dos motoboys aconteceria ‘livremente’.
“O caso tem gerado distúrbio, pois além dos entregadores acessarem a Rua muitas vezes pela contramão da Avenida Central, incomodam as pessoas que transitam, em razão do cheiro da maconha, além de ficarem ‘doidões’!”, declarou.
Secretário de Segurança se posiciona
O jornal procurou o secretário de Segurança da cidade, Antônio Gabriel Castanheira Junior, que disse que em seu entendimento o caso configura perturbação do sossego alheio, mas que posse de drogas [uso de maconha, neste caso] gera apenas termo circunstanciado (TC).
“E TC não dá nada, ele [o usuário de drogas] volta para o mesmo lugar. Mesmo assim, vamos dar uma intensificada nas abordagens nesse local. Porém, se for levar cada um que está fumando maconha em Balneário Camboriú para a delegacia, em cinco minutos todas as viaturas vão estar lá [na delegacia], e com isso perdemos patrulhamento na rua, para fazer TC por uso de drogas. Se já levamos pessoa com 60 pedras de crack e foi visto como posse na delegacia, imagine um cigarro de maconha”, explicou.
Castanheira foi além e detalhou – o guarda municipal ou policial militar pode abordar e até flagrar o consumo de maconha, vai levar a pessoa para a delegacia, mas nada irá de fato acontecer, apenas desperdiçar várias horas aguardando na delegacia o caso ser atendido.
“Isso significa uma viatura a menos no patrulhamento e atendimento de ocorrências mais sérias; isso quando os usuários não vêm para cima do policial/GM como se maconha fosse liberada. Eu acho que os moradores estão certos em se revoltarem, inclusive encaminhamos muitos usuários para a delegacia diariamente, mas como eles são liberados, a população não sente o ‘efeito’ do nosso trabalho, mas vamos intensificar rondas e abordagens nesse local”, acrescentou.