- Publicidade -
- Publicidade -
19.8 C
Balneário Camboriú
- Publicidade -

Leia também

- Publicidade -

Apae de Balneário Camboriú lança terceiro volume do livro Histórias Especiais

São histórias e ilustrações de alunos artistas que comprovam a importância da arte na inclusão social

O terceiro volume do livro Histórias Especiais, lançado esta semana (13) em duas lives transmitidas pelo Facebook e YouTube da Apae de Balneário Camboriú, reúne seis histórias e ilustrações, produzidas por alunos artistas da escola.

A obra patrocinada pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) tem como principal objetivo mostrar como as pessoas com deficiência enxergam a vida, a sociedade e o mundo que as cerca.

O coordenador e diretor artístico do projeto, Luciano Candemil, disse que o terceiro volume segue os mesmos objetivos dos dois volumes anteriores, lançados em 2021 e 2022 respectivamente, mas os autores sempre mudam. 

A diretora da Apae, Sandra Luchtenberg e o autor do projeto, Luciano Candemil (Foto Mariana Castro)

Nesta reportagem, Candemil fala sobre a produção, o preparo e a participação dos alunos neste projeto de sua autoria. Acompanhe:

Os autores

“Não são os mesmos das outras edições. Nunca repetimos os autores. São seis alunos escritores no primeiro volume, seis no segundo e outros seis no terceiro. Só repetimos os alunos ilustradores, média de 12 a cada edição”.

Projeto continua

“A ideia é fazer uma séerie ou um volume por ano, através da LIC e já estamos com planos para fazer o quarto e o quinto, temos bastante alunos na Apae com capacidade para contar suas histórias, portanto, o projeto vai seguir”.

A produção

“A obra é parte de um projeto maior que acontece de maio até novembro na escola. Começa em maio com uma etapa de sensibilização quando realizamos muitas oficinas de várias linguagens artísticas, entre elas, oficina de  contação de histórias, oficina de música, oficina de artes visuais, para envolver toda a escola. Nesta etapa todos alunos participam e durante este processo, já vamos mapeando os alunos que tem interesse em contar suas histórias. 

Levamos em conta a frequência, porque precisamos garantir o fechamento do livro, tem que ser alunos que consigam oralizar alguma coisa para contar suas histórias e neste processo já vamos perguntando quem pretende contar sua história. São turmas e idades diferentes, porque procuramos criar um panorama amplo em termos de perfil de alunos. Temos um universo bastante ampliado de perfis”.

Candemil com João Batista, um dos autores da obra (Foto Mariana Castro)

Afetividade&Técnica

“A experiência tem trazido muitos benefícios para mim, sinto uma felicidade imensa poder ser um mediador deste processo de transformar os alunos da Apae em pessoas com deficiência que contam suas próprias histórias, pessoas que tem muito a falar, pessoas que não tem voz ativa em muitos espaços, estão conseguindo expressar seus sentimentos, emoções, frustrações, conquistas, sonhos…

Tenho ganho muito com isso e conseguir ganhar esta experiência e desenvolver a habilidade de coordenar um projeto dessa magnitude, que desenvolve afetividade com questões técnicas de projeto, de linguagem artística e a gente precisa fazer isso em sete, oito meses.  

A experiência em si é o maior ganho de ter criado a ideia, concebido a ideia há quatro anos, e ver de fato o projeto se realizando, transformando os alunos, a escola hoje já é muito diferente, os textos hoje são muito mais politizados, muito mais críticos. É gratificante porque traz muito aprendizado, e porque coloca as pessoas com deficiência como protagonistas destes projetos”.

Candemil com Benedicta do Carmo, uma das autoras da obra (Foto Mariana Castro)

Um projeto = dois pilares

“Os pilares que me levaram a criar este projeto são dois: 

Primeiro, uma reflexão, uma visão a respeito da Apae, enxergando a instituição não apenas como um espaço educacional,  mas um espaço onde tem produção de arte, onde os alunos não visam uma remuneração, mas produzem arte, expressam seus sentimentos através de sons, imagens, gestos, desenhos, músicas, enxergar a escola como um espaço de produção de arte…

Segundo, tem a ver com a Lei Nacional de Acessibilidade, que garante que esses projetos de cultura, permitem o acesso aos produtos para as pessoas com deficiência…mas a lei para por aí…a ideia desse projeto é avançar na lei…é colocar as pessoas com deficiência também como pessoas que fazem cultura, não queremos que elas sejam apenas os receptores, mas a lei de acessibilidade não prevê isso e nós queremos ajudar a mudar essa lei”.

O livro

Com seis histórias e suas respectivas ilustrações, a publicação está disponível em e-Book, com versões em audiolivro, em vídeo com tradução em Libras e pode ser conferida em www.casulo21.com/historiasespeciais/ e nos canais da Apae BC no YouTube e Soundcloud.

As duas edições anteriores da publicação podem ser conferidas no site casulo21.com/historiasespeciais.


Para receber notícias do Página 3 por whatsapp, acesse este link, clique aqui




- publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -