A exposição “Caçador de Mim”, do Instituto Jorge Schröder, inaugura nesta quarta-feira (4), às 17 horas, no Espaço da Arte do Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Itajaí.
Além do escultor Jorge Schröder, a mostra apresentará esculturas de mais 13 artistas e aprendizes, que frequentam o Instituto em residência artística e encontros semanais: Cristilla, Gladis Tibourski Lazzarotto, Guto Rubin, Hugo Pagani, Lark, Leo Mathias, Lisiane Pahl, Loraine Oliveira, Márcio Linhares, Maria Helena Scaglia, Ricardo Fontelles Ternes, Ricardo Kersting e Rogerio Maduré.
A mostra é organizada pela Vice-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Univali e Instituto Jorge Schröder e pode ser visitada, entre os dias 5 e 27 de maio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. A entrada é gratuita.
Por quê ‘Caçador de Mim’?
O escultor Jorge Schröder disse que ao abrir as portas do atelier ao Instituto, percebeu que dentro dele tinha espaço para mais pessoas, mais criatividade, mais compartilhamentos e muito mais humanidade.
Ele descreveu o que motivou o nome da exposição. Acompanhe:
“Apareceram então as pessoas, artistas atrás de sua poética, de suas vontades e de seus anseios em criar executando…todos com susto no olhar por não saber como começar…tão simples, só começar! Assim são recebidos…
Não é intenção do Instituto ser uma escola de arte, até porque não temos esta qualificação, mas entendemos que é possível compartilhar, apoiar e incentivar, fomentando o fazer escultórico de todos que demonstraram interesse em aprender.
Certamente a escultura é uma arte do silêncio, os ruídos produzidos, são a melodia da transformação, materiais que falam e conversam com seu interlocutor, o artista, fazendo aprender pela troca, pelo erro, pela persistência e pelo respeito as próprias características do material.
Nem sempre o sonhado é possível, mas é aí que se vai longe demais, exatamente no momento da procura da forma, encontro do sonho com o que é possível.
É exatamente neste momento que percebemos que são artistas procurando por si mesmo, são caçadores de si próprios. Deixam sair de dentro de seu âmago aquilo que fascina seu ser, aquilo que engana sua realidade e se traduz em sonho palpável.
As técnicas são ensinadas uma só vez por diversas vezes… o aprendizado se dá empiricamente, levando o artista de encontro ao início de tudo, aprendendo a ver o barro, a madeira, o metal, a pedra e demais materiais como algo possível, dentro de seus limites adequando seus sonhos… é onde todos vão conseguir chegar, levando algo e certamente deixando também”. Jorge Schröder