O 25º Festival de Música de Itajaí que inicia na próxima sexta-feira (1) e segue até dia 8, terá mais de 20 shows e apresentações de rua com atrações locais, estaduais e nacionais e homenagens especiais para artistas que já cantaram no evento, como Gal Costa, Leny Andrade e o maestro Marcos Leite. Pixinguinha também será homenageado. Além disso, estão programadas 27 oficinas de formação, que tem inscrições abertas até o próximo dia 30.
Palcos de recordação
Na Praça da Igreja Matriz estará o Palco Gal Costa (1945-2022). A cantora e compositora apresentou-se no palco do Teatro Municipal de Itajaí acompanhada do músico catarinense Luiz Meira, no Festival de Música de 2007.

Na Praça Arno Bauer, localizada entre a Casa da Cultura e o Museu Histórico, está o Palco Marcos Leite (1953-2002). O maestro, compositor e arranjador era ligado ao canto coral e a grupos vocais. Ministrou oficinas, apresentou-se com o grupo vocal Garganta Profunda nas primeiras edições e foi um dos grandes incentivadores do festival, contribuindo com trabalhos artísticos e técnicos desde a idealização do evento.

No pátio interno da Casa da Cultura será montado o Palco Leny Andrade (1943-2023), onde acontece a “Hora da Sineta” nos intervalos das oficinas. A cantora e compositora era madrinha do Conservatório de Música Popular de Itajaí Carlinhos Niehues. A artista, conhecida como “Diva do Jazz Brasileiro”, apadrinhou o Conservatório junto com o grupo Zimbo Trio, padrinhos do Conservatório. Além disso, apresentou-se por duas vezes no Festival de Música de Itajaí.
Pixinguinha será lembrado

O septeto vocal e percussivo Ordinarius estará no Palco Gal Costa (Praça da Igreja Matriz), no próximo dia 4, às 20h30, para apresentar o show ‘Pizindim’ que reúne canções de Pixinguinha e temas clássicos atemporais.
No ano em que completa 50 anos da partida de Pixinguinha, o grupo lançou um álbum dedicado à sua obra, mergulhando em suas composições como já havia feito no álbum “Rio de Choro”, de 2015, ao gravar “Rosa”, parceria com Otávio de Souza.
Clássicos como “Um a Zero”, “Urubatã” e “Lamentos” estão presentes no projeto, que visita um repertório marcado pelas formações instrumentais de choro em versões que utilizam as vozes como instrumentos principais e as percussões como complementos cheios da riqueza da rítmica brasileira.
No show, o Ordinarius apresenta as canções gravadas no álbum, além de outros clássicos, como o antigo “André de Sapato Novo”, de André Correa, e “Um Chorinho em Cochabamba”, de Edu Neves e Rogério Caetano.
Os arranjos originais de Augusto Ordine são executados pelo septeto formado em 2008, por Maíra Martins, Mateus Xavier, Fabiano Salek, Matias Correa, Beatriz Coimbra e Antonia Medeiros, além do próprio arranjador.
O grupo utiliza a voz como instrumento principal e a percussão como sua perfeita combinação.
Os arranjos vocais são a cappella ou com o auxílio de violão, cavaquinho e instrumentos percussivos variados.
O septeto realiza shows pelo país e é também sucesso internacional. Neste ano, em que o Festival de Música completa 25 anos de história, o grupo marca seu terceiro retorno à Itajaí.
“O grupo Ordinarius faz parte desta história. Eles já se apresentaram no festival outras duas vezes. E, além disso, um dos integrantes, o Fabiano Salek, é filho do grande maestro Marcos Leite, que neste ano é homenageado e dá nome ao palco localizado na Praça Arno Bauer. O Marcos ministrou oficinas, regeu muitos cantores por aqui e ajudou a estruturar os nossos primeiros festivais”, ressalta o superintendente administrativo das Fundações, Normélio Weber.
O Festival é uma realização da prefeitura de Itajaí e da Fundação Cultural, em parceria com o Conservatório de Música de Itajaí Carlinhos Niehues, Conselho Municipal de Políticas Culturais e Câmara Setorial de Música de Itajaí.