Uma casa avaliada em R$ 3 milhões de Balneário Camboriú e uma pousada de R$ 5 milhões, localizada no Caixa D’Aço, em Porto Belo, fazem parte de uma investigação da Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, realizada nesta quinta-feira (3).

Segundo a Polícia Civil gaúcha, o dinheiro era proveniente do tráfico de drogas – que era lavado em imóveis. Ao todo, foram cumpridas 143 ordens judiciais, sendo 38 mandados de busca e apreensão, cinco de sequestro de imóveis, oito restrições de veículos, 22 bloqueios de contas bancárias, 44 quebras de sigilo bancário e fiscal, 25 quebras de sigilo telemático e uma ação controlada. Foram apreendidos dinheiro, carros, motos, celulares, documentos e uma arma.
A operação aconteceu em Balneário Camboriú, Porto Belo e Palhoça e ainda em Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa e Tramandaí, no Rio Grande do Sul.

As investigações ocorriam desde 2023 e apontaram que o grupo usava os imóveis no litoral catarinense para lavar dinheiro, ainda possuíam uma empresa de fachada e um patrimônio superior a R$ 8 milhões que incluía lancha, jet ski, motocicletas e veículos de luxo.
A polícia informou ainda que os investigados da operação Costa Nostra não apresentavam fontes de renda lícitas que justificassem o aumento do patrimônio nos últimos anos. Uma mulher, que seria companheira de um dos líderes da quadrilha, teria movimentado, segundo investigação, R$ 1,6 milhão em quatro meses (entre setembro e dezembro de 2024) e outro homem teria movimentado R$ 1,14 milhão em dois meses.