Pouco mais de um mês depois de protocolar o projeto que propõe encerrar a primeira praia naturista do Brasil, o vereador Anderson Santos, está promovendo uma audiência pública, no próximo dia 22, às 18h30,
A prática do naturismo na Praia do Pinho, em Balneário Camboriú começou na década de 1980. Foi a primeira praia naturista do país e por isso Balneário Camboriú virou notícia no Brasil e no mundo.
O projeto que visa alterar o inciso I, alínea “d”, e revoga o inciso IV, ambos do Art.15 da Lei Complementar nº 2.686/2006, que dispõe sobre a revisão do Plano Diretor do Município de Balneário Camboriú, foi protocolado no dia 15 de julho, propondo que o Pinho deixe de ser uma praia nudista.
A principal motivação seriam denúncias de atos sexuais e obscenidades na parte acessada por mata [mesmo as forças de segurança da cidade dizendo que denúncias no local sejam quase zero e que as rondas sejam frequentes].
Outra motivação é que aquela praia seja aberta ao público e concorra à certificação da Bandeira Azul. Em defesa do seu projeto, o vereador alega que a praia deixou de ter sua ‘função’ inicial, porque segundo ele, não tem mais muitos frequentadores naturistas e respeitosos.
O vereador disse que a maioria das pessoas com quem fala é a favor da Praia do Pinho deixar de ser naturista.
“Eu levo em consideração a opinião das pessoas da cidade e não opinião de quem é de fora, de quem é ligado ao naturismo e nem é daqui. Passei nesta sexta (5) pela Praia do Pinho, através da Rodovia Interpraias e vi a área ‘feia’ (perto da mata) e tinha uma movimentação estranha de pessoas que estavam lá para fazer sacanagem. E é contra isso que eu sou, contra essa promiscuidade”, disse.
Como a audiência faz parte do andamento do PL na Câmara, Anderson afirmou que resolveu se antecipar e já marcar.
“O projeto segue tramitando nas comissões. Acredito que deve ter boa participação do público. Eu vou chamar quem tem o mesmo pensamento que eu e também espero que os que pensam diferente participem. Espero que ocorra bem e que consigamos ter um debate saudável, e que consigamos expressar o desejo da maioria da comunidade”, acrescentou.
O Página 3 fez duas reportagens especiais sobre o assunto publicadas no último final de semana (você pode ler aqui e aqui).
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