O vereador André Meirinho promoveu, nesta segunda-feira, reunião com moradores do Bairro dos Pioneiros insatisfeitos por passarem a pagar coleta de lixo seis vezes por semana, em substituição ao sistema anterior em que o serviço era prestado três vezes por semana.
Uma parte do bairro já tinha coleta seis vezes por semana, mas o desenvolvimento acelerado da construção civil, naquela área que é um prolongamento do Centro, duplicou a quantidade de lixo gerado, de 211 para 416 toneladas por mês, e exigiu providências.
Em 2017, o Pioneiros tinha 3.018 imóveis no cadastro da prefeitura e atualmente são 4.963.
Os moradores alegam que o preço da coleta dobrou, mas na realidade o aumento da tarifa foi de 6,45% para toda a cidade -no caso do Pioneiros, o novo preço reflete a maior frequência das coletas.
As reclamações mostram também um choque cultural, pois em menos de uma década um bairro calmo, repleto de casas de moradia e veraneio, deu lugar a um dos espaços imobiliários mais disputados da cidade para construção de grandes edifícios.
O presidente da associação de moradores, Cesar Rafael Sedrez Gonzaga, disse que a maioria apoia e que a reclamação parte de uma “minoria estridente”.
“O bairro verticalizou, onde tinha quatro casas agora tem 60 apartamentos; estamos falando de 85 centavos a mais por dia na vida da pessoa, o bairro merece; precisamos de limpeza” foram colocações de Gonzaga à reportagem.
Ele revelou que no final de semana entraram pessoas no grupo de internet da associação que passaram a lhe agredir verbalmente. “Gente que nem era do bairro, parece ter gente que não se conforma em perder a eleição do bairro, entraram políticos”, detalhou o presidente, concluindo que “é uma coisa simples de entender, se aumenta o número de coletas aumenta o preço é isso ou ficar com lixo amontoado”.
Na reunião, muitos dos presentes reclamaram -aparentemente com razão- que não houve comunicação prévia de que haveria alteração na frequência da coleta.