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Balneário Camboriú
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Museu a Céu Aberto: novo conceito valorizando a arte em espaços urbanos de Balneário Camboriú

Obras de arte em espaços públicos, monumentos e outras intervenções artísticas que podem ser apreciadas ao ar livre estão sendo documentadas para integrar o Museu a Céu Aberto de Balneário Camboriú.

(Celso Peixoto)

O plano museológico está em desenvolvimento, entre os programas, ações educativas que poderão oferecer uma experiência diferente aos visitantes, através de visitas mediadas pelo meio urbano.

A ideia da criação do Museu a Céu Aberto não é nova, em documentos da Fundação Cultural de Balneário Camboriú de 2005, já havia registros desta iniciativa.

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“O Museu a Céu Aberto vem na expectativa de quebrar paradigmas, rompendo com visões retrógradas de museu. Quem prospecta o futuro é o museu, a partir da compreensão de quem somos”, disse a diretora da Fundação Cultural, Lilian Martins. 

Novos conceitos

O conceito que rompe com o estigma de museu clássico é relativamente novo: em 1972, mesa redonda de Santiago do Chile formaliza esse alargamento na noção do conceito de museu, propondo que a instituição passe a ser um instrumento de transformação social, com ações direcionadas à comunidade e não somente a conservação e apreciação do acervo. 

Surgem novas categorias de museu, de território, de patrimônio e de comunidade. 

É dentro dessa concepção que surgem instituições como o Museu Inacabado de Arte Urbana, localizado em Fanzara, na Espanha, em Berlim, na Alemanha, o Museum for Urban Contemporary Art, fundado pela Fundação Berliner Leben mescla o ideal de museu tradicional com museologia de território.

(Celso Peixoto)

“Inspirado nesses e em outros casos que o Museu a Céu Aberto de Balneário Camboriú passa a ser pensado, tendo como acervo manifestações de arte encontradas no espaço urbano e atuando sobre o território onde se encontram, promovendo ações de preservação e pesquisa, além de atividades dinâmicas que fomentem o cenário cultural, educacional e econômico da cidade”, segue Lilian. 

Agora é lei

Este conceito foi consolidado nos dias atuais, como um museu para além da ideia tradicional de centros históricos. Surge a partir de manifestações de arte em espaço urbano, tanto clássicas, como esculturas em mármore e bronze, quanto contemporâneas, como as grandes pinturas murais que tem se destacado no cenário urbano ultimamente.

(Celso Peixoto)

O museu tem a função de realizar ações preservacionistas, documentando e salvaguardando bens, como educar o olhar para a apreciação da arte e suas diferentes formas de expressão.  

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No dia 9 de maio, o prefeito Fabrício Oliveira assinou a lei que criou o Museu a Céu Aberto de Balneário Camboriú que já nasceu com mais de 150 obras catalogadas.

Na justificativa para criar a nova lei, o prefeito escreveu:

“Essas manifestações promovem a qualificação do cenário urbano, ao mesmo tempo que democratizam o acesso à arte, mostrando o forte potencial da cidade, como um Museu a Céu Aberto, uma vez que, museus são instituições permanentes, a serviço da sociedade, que buscam preservar, documentar e comunicar acervos, como forma de fomentar o turismo, educação, cultura e economia local”.

Arte urbana diferencia Balneário

A presidente da Fundação Cultural, Denize Leite disse que  

Balneário Camboriú já é um grande museu a céu aberto, e aprovação dessa lei ratifica esse conceito, na medida em que valoriza a arte urbana e preserva as obras artístico culturais dos espaços públicos da cidade.

Letícia Noveletto, Graduanda em Museologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, é estagiária na Fundação Cultural. Ela considera o museu um projeto inovador que levanta pautas sociais, como a valorização da arte urbana e a democratização do acesso à arte, mas principalmente, traz um debate sobre a ampliação da democracia pela construção do direito à cidade.

(Celso Peixoto)

“A missão do Museu é através da arte urbana promover a qualificação e ocupação dos espaços públicos de forma dinâmica, reforçando as relações sociais entre os indivíduos e a cidade, caminhando assim, em linhas teóricas e metodológicas, com o movimento internacional por Nova Museologia. Em linhas gerais é pensar uma instituição que une arte, lazer, cultura e educação em prol da sociedade, que através de atividades itinerantes pretende romper barreiras no espaciais e se tornar uma ferramenta de transformação social”, afirmou Letícia.  

A catalogação de obras pelo Sistema Tainacan, que é um software livre para acervos museológicos, tem até o momento 154 obras de grafitti catalogadas, 6 conteúdos audiovisuais, além de disponibilizar livre acesso em site que será lançado em breve, juntamente de um documentário do percurso histórico da arte ao ar livre em Balneário Camboriú.

A primeira obra cadastrada é de Júlia Rodrigues, realizada ano passado e está na Barra.

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