A situação da Polícia Científica/Instituto Médico Legal (IML) vem sendo debatida em Balneário Camboriú ao menos desde maio/2024. O órgão pede a doação de um terreno para a prefeitura para a continuidade dos serviços na cidade e representantes da Polícia Científica do Estado de Santa Catarina (PCISC), regional de Balneário Camboriú, estiveram em reunião com a prefeita Juliana Pavan, para fazer o pedido nesta terça-feira (18).
Em maio de 2024, o promotor de Justiça Luís Eduardo Couto de Oliveira Souto, da Comarca de Balneário Camboriú, apontou as dificuldades que a unidade de Balneário (localizada na Rua Anitápolis, no Bairro dos Municípios) enfrenta, como na visita técnica que realizou, quando haviam 12 cadáveres alocados nas quatro gavetas (empilhados), além de um feto acondicionado na geladeira, por falta de espaço. Ao todo, 20 municípios do Litoral Norte catarinense são atendidos.
Atualmente a polícia científica mantém três pontos de atendimento no município, mas os locais não comportam toda a equipe, o que impacta diretamente nos serviços ofertados. Por isso, o terreno solicitado para sede própria precisa ter cerca de três mil metros quadrados, para sediar todos os serviços, inclusive o Instituto Médico Legal (IML), e também ter fácil acesso à BR-101.
Doação/Sessão de uso
A questão da doação do terreno para o município fazer para o Estado pode ser complicada, porém, há como fazer uma sessão de uso. Hoje não há crime que não tenha o trabalho da Polícia Científica diretamente envolvido e por isso o órgão pede pelo terreno para construção de uma estrutura que ofereça dignidade e excelência para os colaboradores e também para atendimento do público, visto que atendem diretamente 20 municípios do entorno, que compõem as regiões de Balneário Camboriú, Itajaí e Brusque.
Uma das sugestões apresentadas pelo poder público, foi de auxiliar a polícia a encontrar uma nova estrutura adequada, mas, de acordo com a Perita-Superintendente Regional em Balneário Camboriú, Julia Rehn, a orientação dos superiores da PCISC é que a regional viabilize a construção da sede própria.
A prefeita solicitou ao Procurador-Geral, Diego Montibeler, e ao Secretário de Planejamento Urbano, Carlos Humberto Silva, que analisem os terrenos disponíveis no município e destacou a importância da permanência dos serviços em Balneário Camboriú.
“Não podemos e não iremos perder os serviços da Polícia Científica. Somos uma cidade em constante desenvolvimento e precisamos manter estruturas fundamentais para o município. Vamos analisar todas as opções e realizar uma nova reunião com os peritos”, disse.