A prefeitura de Balneário Camboriú está planejando fazer uma contenção com sacos de areia onde está havendo erosão na Praia Central de Balneário Camboriú – mais especificamente na Barra Sul, onde se formam ‘degraus’.

O governo municipal divulgou também que um estudo da empresa Caruso Jr Estudos Ambientais e Engenharia Ltda, contratada para acompanhamento e avaliação do perfil da orla (contratada como condicionante do licenciamento ambiental da Obra de Alargamento da Praia Central), mostra que a praia está estável, tanto na parte emersa, quanto na submersa.
O engenheiro Rubens Spernau, que já foi prefeito da cidade e atua hoje na Secretaria de Planejamento, está acompanhando toda a obra do alargamento da faixa de areia da Praia Central, desde o seu planejamento, execução e agora após mais de um ano de sua finalização, destaca que o contrato com a empresa Caruso é de 36 meses (a contratação foi em 1º de julho de 2021) e que a ideia é que em um ano um novo estudo seja divulgado.
“A supervisão do contrato quem faz é a Secretaria do Meio Ambiente, pois o estudo contempla várias coisas, e uma delas é anualmente ver como a praia está se comportando na parte emersa e submersa, e o estudo demonstrou que ela está estável em sua grande porção, com exceção da Barra Sul, praticamente igual de novembro/2021 a novembro/2022”, comenta.

Contenção na erosão da Barra Sul
Spernau salienta que a situação da Barra Sul, onde formam-se grandes degraus de areia, já era esperada e que, por isso, foi colocada uma quantidade maior de areia lá.
“O lado norte teve um ganho de areia após a obra do molhe e por isso aterramos mais a Barra Sul. A modelagem já indicava que haveria erosão e tínhamos uma curiosidade maior para saber como seria o comportamento do resto da praia, que está se comportando muito bem”, aponta.
A ideia é fazer uma contenção com sacos de areia, após autorização emitida pelo Instituto do Meio Ambiente de SC (IMA-SC).
“Vai ser areia ensacada, vamos pedir autorização ao IMA e utilizaremos dragas de licença, retirando a areia do rio, limitando os pontos de erosão. Achamos que é o melhor caminho para não perder a praia toda é isso”, acrescenta.
Reurbanização da Atlântica deve iniciar em março
O engenheiro pontua que, tirando esse trecho de 150m de extensão na Barra Sul, o restante da praia está se comportando ‘muito bem e está muito estável’, muito melhor do que imaginavam e que isso os deixa muito felizes.
“A erosão costeira podia acontecer, pois a praia é um ser vivo e muda muito. Vamos avaliar anualmente, daqui um ano faremos um novo levantamento”, afirma.
Agora, o próximo passo é a reurbanização da Avenida Atlântica, com o primeiro trecho devendo começar em março. Será um trecho inicial de 300m, na Barra Sul, orçado em R$ 14,1 milhões e que será feito em parceria com a construtora FG.
“Estamos trabalhando para começar a reurbanização em março, tudo está caminhando para isso, teremos a FG como parceira, e a ideia é começar em dois meses”, completa.