A terceirização do serviço de Resgate Social, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social da prefeitura de Balneário Camboriú, é nociva ao interesse público, pois a despesa será maior e não menor como foi anunciado.
Antes de completar o primeiro mês, a terceirização foi suspensa, para apuração de supostas irregularidades na execução do contrato.
Em fevereiro, último mês antes da terceirização, o resgate social trabalhou com 52 pessoas, das quais 32 são efetivas e não podem ser demitidas.
As outras 20 pessoas, contratadas temporariamente, custaram cerca de R$ 48 mil por mês, portanto ao terceirizar o serviço por R$ 261 mil mensais, sem poder demitir os efetivos, a prefeitura aumenta suas despesas com pessoal.
No dia 19 de fevereiro, a secretária de Desenvolvimento e Inclusão Social, Anna Christina Barichello, disse ao Página 3 que com a adoção da Clínica Social, um serviço da sua secretaria, da Secretaria da Saúde e da Secretaria de Segurança, ela observou que “a quantidade de pessoas em situação de rua diminuiu muito”.
Porém, poucos dias depois ela assinou contrato com o Instituto Redenção, prevendo o recolhimento de até 3.000 pessoas em situação de rua por mês.
Se o volume da pessoas nas ruas estava reduzindo, segundo a própria secretária, e a média de outubro a março foi 1.913 recolhimentos por mês, parece injustificável a assinatura de um contrato de terceirização prevendo que o Instituto Redenção recolha até 3.000 pessoas mensalmente.