Os oito anos da gestão Fabrício de Oliveira em Balneário Camboriú terminam hoje, marcados pela abundância de dinheiro -os maiores orçamentos da história da cidade-, incapacidade administrativa, falta de transparência, quedas nos indicadores de educação, sérias dificuldades na saúde pública, a conclusão de uma notável obra que foi o alargamento da praia central e o emporcalhamento desta mesma praia, durante quase três anos.
O emporcalhamento da praia, sua poluição por esgotos de maneira contínua, algo que poderia ser resolvido com menos de 1% do orçamento da cidade, ilustra bem o que foi o governo Fabrício, uma baderna administrativa pela qual passaram mais de uma centena de secretários.
Sim, centena, ninguém leu errado, ele trocou mais de um secretário por mês, ao longo dos 8 anos.
Um exemplo notável dessa esculhambação foi a BC Investimentos, empresa de economia mista criada por Fabrício, um cabide de empregos que não produziu um único projeto bem sucedido, e que só em 2023 recebeu aportes de capital totalizando R$ 4.200.000,00.
Fabrício prometeu aos moradores dos bairros remover as barreiras que os separavam do Centro, mas não fez isto.
Pelo contrário, privilegiou empresários do Centro da cidade, dentre eles vários que lhe bancaram despesas e projetos.
As palavras que mais escuto quando pessoas se referem a Fabrício é “salto alto”, “abandonou a cidade” e “a soberba precede a queda”.
Não desejo mal a ninguém, nem a quem apoia golpistas e defensores de ditaduras, mas estimo que Fabrício recupere a lucidez e a humildade que um dia eu e milhares de eleitores desta cidade acreditávamos que ele tinha.