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Balneário Camboriú
Fabiana Langaro Loos
Fabiana Langaro Looshttp://fabianalangaroloos.com.br/
... é artista plástica, pinta e borda, ama as cores e as palavras, é do heavy metal e da vida.
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É preciso sair da bolha

Acredito que essa pandemia fez todo mundo (ou quase todo mundo) refletir de forma diferente, pensar além da sua bolha habitual de convivência, refletir e se colocar no lugar do outro, pois a vida não se trata apenas sobre o que acontece em nosso jardim fechado, há muito lá fora, há gente precisando de ajuda, há aprendizado a ser adquirido, há auxílio a ser concedido, há derrotas, e vitórias, há questionamentos interiores, enfim, a bolha que a gente vive pode ser claustrofóbica e, às vezes, a própria liberdade impõe limites. 

Qual tua liberdade, as tuas dúvidas, qual teu privilégio e quanta tristeza há fora dessa bolha? Nem é preciso olhar profundamente, a realidade está refletida cara a cara no nosso dia a dia, seja na praia, seja no semáforo, seja no reflexo do retrovisor do carro, seja no barzinho da esquina, seja na saída do supermercado. Fome, miséria, desespero, desemprego, desamparo, calamidade, racismo, homofobia, discriminação, misoginia, dor, vulnerabilidade e injustiça vivem lado a lado com a indiferença, com a falta de resiliência, com a hipocrisia, com o despreparo para entender além da sua realidade e com a falta de amor.

O que o governo faz para superar essas mazelas? Desde que sou criança, nós sempre falamos que a situação geral do país irá ficar melhor, que condições básicas para o ser humano, entre elas, saúde, segurança e educação serão realidade para todos, para uma vida mais digna, de forma igualitária, mas tudo permanece em um limbo anestesiado e esquecido. E pior, os poucos avanços que tivemos nos últimos anos vêm sendo destituídos, em um grande retrocesso, principalmente aos menos favorecidos. 

O futuro já chegou e o que mudou? O que ficou melhor? Não podemos esquecer que o político não é apenas o reflexo do povo, mas saiu do povo e foi eleito pelo povo, seja por ideologia, por ignorância ou para manter seus nefastos privilégios, na qual a desigualdade social destrói a dignidade e a própria sociedade. O político é a cara da sociedade.  Então, temos que mudar a sociedade como um todo, porém, somente conseguimos mudar a coletividade mudando, primeiramente, os indivíduos que a compõem. 

E você, já colocou a cabeça fora da sua bolha de privilégios? Não podemos esquecer que o mundo não é plano e nem sempre bonito como postagens perfeitas das redes sociais. Mas ainda há esperança, essa não pode morrer.

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