Na Inglaterra dos anos 1830 os pobres velhos e incapacitados para o trabalho, receberam uma licença para mendigar.
Em contrapartida, os vagabundos mais jovens foram açoitados, pois o governo imaginava que eles não queriam nada com a labuta.
As leis foram rigorosas aos desocupados, e a sociedade não contemplou oportunidades de trabalho, para impedir que essas pessoas chegassem ao ponto da exclusão social.
A legislação permitiu que o mendigo pudesse ser escravizado por quem o encontrasse na rua fazendo nada, e ao fugir de seu dono poderia ser executado. Em casos mais curiosos alguns foram marcados com ferro em brasa no peito, na testa ou face após a fuga, era o símbolo de seu completo abandono.
Essa foi a consequência sofrida pela população rural expulsa de suas terras, tomadas à força pela agricultura capitalista.
Oportunizar e não retirar sempre trouxe muita saúde econômica e um futuro louvável com significância individual às pessoas.
Depois de muito esforço e dedicação de alguns atenciosos, vimos que as oportunidades não são poucas, e homens de bem surgem para mostrar ao mundo, façanhas possíveis de acontecer.
Um belo exemplo disso foi o da escola gratuita nas faculdades e universidades historicamente negras, que são instituições de ensino superior, estabelecidas nos Estados Unidos durante a segregação, que antecederam a promulgação da Lei dos Direitos Civis de 1964.
Tiveram a intenção de servir principalmente à comunidade afro-americana, como foi ao Sr. Johnny Brown e sua esposa, Ellery Brown, que estudaram e trabalharam lá, como advogado e diretora da escola, respectivamente.
A base estruturada que receberam, os fez promover uma educação com os melhores conhecimentos à sua filha Ketanji Brown Jackson, que concluiu a faculdade de Direito, foi assessora de juiz, defensora pública em Washington, e agora é a primeira juíza Negra da Suprema Corte dos EUA.
Demorou 232 anos e 115 nomeações para uma mulher negra ser escolhida para servir à Suprema Corte americana.
Muito diferente do que mostra o filme Medida Provisória, que é uma adaptação da tragicomédia “Namíbia, Não!”, que se passa num Brasil do futuro, onde os que têm Melanina Acentuada (negros) devem voltar para algum país da África como desculpa de reparação social e financeira pelos tempos de escravidão no Brasil.
Lamentável decisão que cria desconforto a quem se move em cordas tão bambas quanto suas oportunidades e ofertas de respeito.