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Balneário Camboriú
Raul Tartarotti
Raul Tartarotti
Engenheiro Biomédico e cronista.
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O Instinto do homem

Os Ucranianos, seus descendentes, e aqueles que por amor adotaram essa cultura, comemoram na terceira quinta-feira do mês de maio, o dia da Vyshyvanka,(вишиванка, em ucraniano, pronunciada como vêshêvánka), a tradicional “camisa bordada”. 

A celebração desse dia, unifica os ucranianos espalhados pelo mundo, onde são comuns repercussões “online” de celebração, em vários locais. Esse é um sinal de ligação à identidade nacional e ao patriotismo ucraniano, demonstrando a todos que ultrapassa fronteiras. 

Cada região tem um estilo próprio de bordado, que se aplica à camisa. Eles representam padrões muito antigos, pré-cristãos, e teriam como um dos objetivos, impedir a entrada de espíritos maus em pontos vulneráveis do corpo. 

Há também a possibilidade de usar os padrões para “escrever”, formando uma linguagem quase cifrada em um desenho simétrico. 

É um dia para demonstrar o orgulho dessa peça de roupa étnica que carrega em si as ricas e belíssimas tradições Ucranianas.

Mesmo quando a desesperança trazida pela guerra, encontra a vingança nas mãos de seu povo, esse evento ameniza a solidão de quem deseja tornar real, uma vida regada pela dor. Uma morte pode justificar outra durante uma batalha, porém, a paz de seu resto de existência, não terá encontro com a harmonia, e sim com um lento pesar solitário até o último de seus dias. 

A Vyshyvanka é um bordado que desenha a história de muitas gerações e famílias, que se amam, e preservam esse laço de sangue plantado por muitos. 

E outros tantos, acabam por colher seus doces frutos, que podem servir de exemplo pra caminhar com sorriso e ímpeto, junto a um ser que deseja ser feliz. 

A vyshyvanka é mais que uma simples camisa, é uma espécie de talismã que protege a pessoa que a usa, além é claro de contar a história de seu povo.

Nossa infinidade de origens, mostra o guia para um encontro no presente, e torna nossas vidas lindas, num futuro esperançoso e atraente. 

Qual linguagem você fala? Dos animais, homens, flores ou uma própria, que pouco sentido por vezes lhe traz? Entenda-se quanto antes para não subjugar a todos que ajudam a promover a união, e que tem andado ao lado. 

Como escreveu o filósofo Sêneca: “O instinto do homem, o faz atrair um ao outro, é algo inerente nele que nos estimula buscar amizades”.

Mesmo não conseguindo se agrupar assumindo riscos e consequências, desfaça sua vida presa a um passado, desfeito pelo vento, e pelos sentidos que o caminho proporcionou. 

Permita que alguns possam assistir unidos, amados e torcendo pelo seu doce futuro, na busca de uma nova linha do tempo. 

É bom amar, ter um braço capaz de moldar um afago, onde, no fundo de nossas almas estão desenhadas forças suficientes pra encontrar um meio de viver em paz e harmonia, com os que nos cercam de tão perto.

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